Para o líder do PSD, muitos dos comentários que são feitos sobre a ida de Durão para presidente não-executivo do Goldman Sachs "são feitos duma forma personalizada, pessoalizada, mostrando aquilo que a política tem de pior"
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, assegurou que não vê qualquer conflito de interesses na ida do ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso para o Goldman Sachs, elogiando o antigo líder social-democrata.
"Eu não vejo nenhuma questão que possa deixar um conflito de interesses ou qualquer outra matéria que constituísse um impedimento dessa natureza", sublinhou, referindo que os ex-comissários têm já "um período de nojo" e "estão impedidos de trabalhar em áreas em que tutelaram".
Quanto às críticas, o presidente do PSD tem "alguma dificuldade em compreendê-las", classificando de mesquinhos alguns dos comentários feitos em torno da ida de Durão Barroso para aquele banco, onde vai assumir funções de presidente não executivo. "Muitos dos comentários que são feitos, são feitos duma forma personalizada, pessoalizada, mostrando aquilo que a política tem de pior", enfatizou Passos Coelho, sábado à noite, em Ansião, Leiria.
Passos Coelho mostrou-se "muito satisfeito" pela função que Durão Barroso vai desempenhar no banco de investimento, com sede em Nova Iorque, acreditando que o ex-presidente da Comissão Europeia vai "acrescentar valor" ao Goldman Sachs, como o poderia fazer "em qualquer outro banco importante no mundo".
A banca portuguesa foi outro dos temas abordados por Passos Coelho. E o líder do PSD disse que não vê "fundamento nenhum" para que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) precise de uma injecção de quatro mil milhões ou cinco mil milhões de euros.
O antigo primeiro-ministro frisou que sabe "razoavelmente o que se passa" nas instituições financeiras, não vendo por isso "nenhum fundamento para que a Caixa Geral de Depósitos" precise de um reforço de "quatro ou cinco mil milhões de euros".
"Não vejo nenhum fundamento para que se inspirem receios nas pessoas", sublinhou o líder social-democrata, questionando também o facto de o Governo não desmentir as notícias sobre a necessidade de reforço na CGD.
Pedro Passos Coelho acusou ainda o Governo de atribuir "culpa" ao anterior executivo, ao lançar a "bomba" de que houve um desvio de três mil milhões de euros na Caixa, relativamente ao seu plano de negócios.
"Esta maneira de fazer política revolta-me", criticou, enfatizando que o Governo está a "induzir as pessoas em erro", usando os seus lugares para "salvar a sua pele", sem pensar na estabilidade financeira do país.
De acordo com o antigo primeiro-ministro, o actual Governo procura "denegrir tudo e todos", como uma forma de disfarce de uma "má política".
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