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OE2020: CGTP exortou Governo a rever aumentos da função pública antes da votação final

A Intersindical aproveitou o encontro com o primeiro-ministro, que durou cerca de hora e meia, para defender a necessidade de serem tomadas medidas para combater de facto a precariedade laboral e desbloquear a contratação coletiva.

A CGTP exortou esta quinta-feira o Governo a alterar a proposta de atualização salarial para a Administração Pública antes da votação final do Orçamento do Estado, sob pena de os sindicatos reivindicarem em 10 de fevereiro um aumento extraordinário para 2020. 

"Dissemos ao primeiro-ministro que o valor proposto para os aumentos na administração pública, de 0,3%, não tem qualquer justificação e o Governo deve chamar os sindicatos do setor para alterar a proposta, ainda enquanto decorre a discussão do Orçamento do Estado para 2020 [OE2020] na especialidade", disse à agência Lusa o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, no final de uma reunião com António Costa.

Arménio Carlos considerou que, caso o Governo não altere entretanto a sua proposta salarial para a função pública, a reunião negocial que está marcada para 10 de fevereiro deverá servir para as estruturas sindicais reivindicarem um aumento salarial extraordinário para 2020.

A Intersindical aproveitou o encontro com o primeiro-ministro, que durou cerca de hora e meia, para defender a necessidade de serem tomadas medidas para combater de facto a precariedade laboral e desbloquear a contratação coletiva.

Segundo o líder da Inter, António Costa reconheceu a necessidade de ser feita, em breve, uma avaliação da situação atual relativamente às duas matérias.

A delegação da CGTP defendeu ainda a necessidade de intervenção do Governo para que o direito constitucional à liberdade sindical seja respeitado.

Segundo Arménio Carlos, o primeiro-ministro disse que o Governo está a aguardar um parecer que pediu à Procuradoria-Geral da República para tomar medidas nesse sentido.

Na página oficial do primeiro-ministro na rede social Twitter, António Costa publicou uma fotografia deste encontro na residência oficial.

"Recebi hoje a CGTP, acompanhado da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, para uma reunião de trabalho e de acompanhamento de diversos dossiês", refere na mesma publicação.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.