Sábado – Pense por si

Marisa Matias: "Temo que o diálogo possa ser uma enorme farsa"

03 de outubro de 2016 às 20:14
As mais lidas

A eurodeputada do BE disse ainda que "Portugal e Espanha estão a pagar as consequências da autoridade estúpida"

A eurodeputada Marisa Matias considerou "uma farsa" o diálogo estruturado que decorre, esta segunda-feira, no Parlamento Europeu sobre a possível suspensão de fundos estruturais a Portugal e Espanha porque a Comissão Europeia já tem a decisão tomada. "Temo que o diálogo possa ser uma enorme farsa", disse Marisa Matias, acrescentando que os comissários europeus Corina Cretu (Política Regional) e Jyrki Katainen (Crescimento, Emprego e Investimento) "estão aqui para comprovar uma decisão que já está tomada" e não alteraram o discurso desde o início da audição pública com os eurodeputados.

A eurodeputada do BE disse ainda que "Portugal e Espanha estão a pagar as consequências da autoridade estúpida". O comissário Kaitanen, acusou, "fala de suspensão de fundos como um incentivo, gostava de saber o que significa incentivo e sanção na linguagem da Comissão Europeia", que acusa de ser "carrasco do projecto europeu".

A audição pública dos comissários com os eurodeputados da comissão de Assuntos Económicos e a do Desenvolvimento Regional faz parte do diálogo estruturado, no âmbito do qual o Parlamento Europeu tem um papel consultivo na decisão de congelamento de fundos.

O Parlamento Europeu (PE) discute com a Comissão Europeia, à margem da sessão plenária e pela primeira vez, a possível suspensão de fundos estruturais a Portugal e Espanha, no chamado diálogo estruturado, com carácter consultivo.

No quadro do processo de sanções lançado contra os dois Estados-membros por falta de acções efectivas para correcção dos respectivos défices, a Comissão acabou por recomendar, a 27 de Julho passado, a suspensão de multas a Portugal e Espanha - decisão confirmada a 8 de Agosto pelo Conselho Ecofin (ministros das Finanças dos 28) -, mas segue o processo automático de congelamento parcial de fundos.

Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.