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Governo: Presidente da CGD tem de entregar declaração de rendimentos

07 de novembro de 2016 às 08:48
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"Não há nenhum sinal de saída ou de demissão dos administradores da CGD", assegurou o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, afirma que os gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) "têm de apresentar a declaração de rendimentos" porque não houve qualquer alteração na lei sobre esta matéria.

"Aos gestores da CGD não se aplica o estatuto de gestor público mas eles têm de apresentar a declaração de rendimentos porque a lei de 1983 (...) disse isso mesmo e essa não foi alterada e portanto há um conjunto de outras matérias, nomeadamente do ponto de vista remuneratório, que não se aplica", afirmou Pedro Nuno Santos aoDiário de Notíciase à TSF, numa entrevista divulgada hoje.

O secretário de Estado diz que a legislação que foi aprovada "cria excepções em matéria de aplicação dos estatutos de gestor público" aos administradores da CGD com o objectivo de haver "uma equipa profissional contratada no sector" à frente do banco público, mas que não foi alterada "a lei que impõe a apresentação da declaração de rendimentos" e o Governo "preza (...) o cumprimento da legislação".

"Se fosse essa a nossa intenção tínhamos alterado a legislação que implica a apresentação e a entrega da declaração rendimentos", acrescenta, dizendo desconhecer se a não entrega da declaração foi uma condição negociada pelo presidente executivo da CGD, António Domingues, para aceitar o cargo.

"Não tenho conhecimento disso e os detalhes sobre essa matéria devem ser questionados obviamente ao ministro das Finanças", diz Pedro Nuno Santos.

Nas últimas semanas, PCP, Bloco de Esquerda, PSD e CDS-PP têm criticado a ideia de estes administradores da CGD poderem estar isentos de apresentar a sua declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional.

O primeiro-ministro, António Costa, remeteu a solução deste caso para os próprios administradores da CGD e para o Tribunal Constitucional.

Segundo Pedro Nuno Santos, não se coloca a possibilidade de a administração da CGD sair.

"Não há nenhum sinal de saída ou de demissão dos administradores da CGD, antes pelo contrário", respondeu o secretário de Estado, quando questionado se "há sinais" de que António Domingues e a sua equipa não venham a aceitar entregar a declaração de rendimentos e, por causa disso, acabem por sair do banco.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.