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"O Estado não faz nenhum favor, porque mantém-se responsável pelo que já é responsável, que é a dívida que criou", afirmou António Costa
O primeiro-ministro defendeu hoje que a transferência da Carris para a Câmara de Lisboa mostra que o "bom senso prevaleceu sobre o fanatismo ideológico" e que o Estado não faz favor nenhum ao assumir a dívida existente.
"O Estado não faz nenhum favor, porque mantém-se responsável pelo que já é responsável, que é a dívida que criou", afirmou António Costa, referindo-se ao valor que, no ano passado, ascendia a cerca de 700 milhões de euros.
O primeiro-ministro intervinha na cerimónia da assinatura do memorando da passagem de gestão da rodoviária Carris para a Câmara Municipal de Lisboa, no Museu da Carris.
António Costa argumentou que a dívida das empresas de transporte colectivo resultou "de um incumprimento, durante 40 anos, em sucessivos Governos das obrigações do Estado", que, ao assumir a dívida da Carris, não "ficará com nenhuma obrigação que já não seja sua".
Este processo representou que "o bom senso prevaleceu sobre o fanatismo ideológico" de quem entendia que só o privado podia gerir bem um serviço público, defendeu o primeiro-ministro, considerando que o acordo hoje assinado põe fim a um "contencioso histórico".
António Costa disse ainda que no Porto processo idêntico será feito mas em duas etapas, primeiro a transferência da gestão, e só depois a transferência de propriedade da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, que serve seis municípios.
O objetivo é manutenção da natureza pública do sistema de transportes, assegurando-lhe uma gestão municipal, disse, confessando alguma "inveja" do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
"Confesso alguma inveja, mas quero desejar as maiores felicidades. Mudei de funções mas não mudei de ideias e posso dar cumprimento as ideias que já tinha", disse António Costa, que foi o anterior presidente da Câmara de Lisboa.
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