Consulta ao Gemini gasta menos energia do que nove segundos a ver televisão

Lusa 13:24
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Estes números apresentados pela Google não incluem todo o treino dos modelos de Inteligência Artificial devem ser interpretados com cautela, uma vez que o estudo não foi verificado por uma entidade independente.

Uma consulta ao Gemini, o modelo de Inteligência Artificial (IA) da Google, consome menos energia do que ver nove segundos de televisão, afirmou a empresa de tecnologia, citando um estudo realizado pelos seus investigadores.

Google AI Ultra: Consulta gasta menos energia que ver TV, diz empresa
Google AI Ultra: Consulta gasta menos energia que ver TV, diz empresa AP Photo/Jeff Chiu

Em média, uma consulta textual nas aplicações Gemini consome 0,24 watt-hora (Wh) de energia, representando um consumo energético menor do que assistir a nove segundos de televisão, que corresponde a cerca de 100 Wh, estimam os investigadores da 'gigante' da tecnologia.

Além disso, uma consulta ao modelo de IA emite 0,03 gramas de dióxido de carbono e consume 0,26 mililitros (ml) de água, o equivalente a cerca de cinco gotas, acrescentam os autores do estudo.

A Google recusa-se a divulgar o número de consultas feitas no Gemini todos os dias, o que permitiria ter uma ideia do consumo total de energia do modelo.

A realização do estudo contabilizou as fases de cálculo ativo dos modelos de IA para gerar respostas às solicitações dos utilizadores, a energia real consumida pelos 'chips', processadores e centros de dados como um todo, refere.

A tecnológica explica que levou em consideração a energia das máquinas inativas, que devem ser alimentadas permanentemente para estarem prontas para lidar com picos de tráfego, os sistemas de refrigeração dos servidores e outras cargas indiretas dos centros de dados.

No entanto, estes números não incluem todo o treino dos modelos de IA e devem ser interpretados com cautela, uma vez que o estudo não foi verificado por uma entidade independente, como a própria empresa alerta.

A agência de notícias France Presse (AFP) relembra que calcular a pegada ambiental de um modelo de IA é uma tarefa extremamente complexa, pois não existe uma norma global de medição.