Para o ministro das Finanças, as políticas aplicadas durante a legislatura "permitiram um esforço de consolidação muito responsável" para o equilíbrio das contas públicas e para melhores serviços públicos.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, considerou esta sexta-feira, em Lisboa, que a subida da perspectiva do 'rating' da dívida portuguesa, pela agência Standard & Poor's, reflecte o sucesso das medidas aplicadas durante a actual legislatura.
"Esta notícia vem no conjunto de outras avaliações que diferentes instituições têm feito sobre o desenvolvimento da economia, das finanças públicas, do sistema financeiro em Portugal. São o resultado de um conjunto de políticas que nos propusemos implementar ao longo da legislatura (...). Um enorme esforço com sucesso assinalado pela Standard & Poor's", disse Mário Centeno aos jornalistas.
De acordo com o também presidente do Eurogrupo, as políticas aplicadas durante a legislatura "permitiram um esforço de consolidação muito responsável" para o equilíbrio das contas públicas e para melhores serviços públicos.
"Com o aumento da despesa da saúde, que no conjunto da legislatura ficará próximo de 1.200 milhões de euros acima do final da legislatura anterior, [registou-se uma subida] nos recursos humanos para mais oito mil trabalhadores. Também na educação, o número de profissionais aumentou, com mais 10.000 [funcionários], dos quais 6.800 professores", indicou.
O titular da pasta das Finanças referiu ainda que, nos últimos anos, a despesa em juros do Estado reduziu-se em 1.400 milhões de euros, que podem ser alocados "às necessidades mais importantes da administração pública e do serviço público".
Mário Centeno assinalou também que, em pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB), a redução atingiu 1,6, número que classificou como "muito significativo".
"Isto permite que o país atinja esta fase de recuperação económica com as contas públicas equilibradas e com [uma] visibilidade no financiamento e na economia muito significativa, que orgulha todos os portugueses", concluiu.
A Standard & Poor's subiu de "estável" para "positiva" a perspetiva do 'rating' (notação) da dívida pública portuguesa e manteve a nota em BBB-, anunciou a agência num comunicado divulgado esta noite.
"Esperamos que a economia portuguesa cresça perto de 2% por ano até 2021, com o défice orçamental a melhorar até 0,4% do Produto Interno Bruto em 2020, de 0,7% este ano", afirma a agência S&P.
Aquela perspectiva positiva reflecte a possibilidade de uma melhoria na nota atribuída à capacidade de crédito do país.
Segundo o texto da agência de 'rating', esta melhoria vai ser aferida pelo desendividamento público e privado, bem como pela melhoria na estabilidade financeira.
"Podemos melhorar o nosso 'rating' de Portugal se a economia continuar o desalavancar (desendividar-se) externamente ao ritmo actual de (equivalente a) 3%-5% do Produto Interno Bruto", detalhou o texto.
Este processo "iria reduzir o 'stock' ainda elevado do endividamento externo do país", especificou.
Outra condição para a S&P considerar melhorar a nota portuguesa seria a "convergência das condições de crédito em Portugal com a média da zona euro, o que melhoraria a transmissão da política monetária do Banco Central Europeu".
Em particular, a S&P destacou a importância que dá aos custos de financiamento e os ainda elevados níveis de crédito malparado no sistema bancário.
Centeno: Subida da notação da dívida pela S&P reflecte sucesso da legislatura
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.