Sábado – Pense por si

CDS apela a que Governo torne negócio público

"Assim que o Governo torne públicos os contornos do que combinou, o CDS tomará uma posição", disse a vice-presidente do partido Cecília Meireles

A vice-presidente do CDS Cecília Meireles pediu esta quarta-feira ao Governo que publicite o negócio de privatização do Novo Banco que está em curso, para o partido se poder pronunciar sobre o mesmo.

"É fundamental neste processo que o Governo torne público o mais depressa possível aquilo que tem negociado, o que está acordado e aquilo que quer assinar. Assim que o Governo torne públicos os contornos do que combinou, o CDS tomará uma posição", afirmou a deputada, em declarações aos jornalistas no parlamento.

O primeiro-ministro, António Costa, revelou que o Governo, que já reuniu com diversos partidos políticos, tem a expectativa de concluir a venda do Novo Banco até ao final desta semana. "Continuarmos desta forma - aquilo que temos são notícias e factos não confirmados -, do meu ponto de vista, contribui apenas para criar especulação. É o que temos tido. Não serve o acordo, o País, os contribuintes, ninguém a não ser os partidos que apoiam o Governo. De manhã são oposição, à tarde já apoiam o Governo", lamentou a deputada centrista.

A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu segunda-feira a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.

Reiterando que o Governo dispõe de uma maioria parlamentar que o apoia, Cecília Meireles acrescentou ainda que os dados conhecidos até ao momento, ou seja, algumas informações sobre o alegado negócio entre o executivo e o fundo de investimentos norte-americano Lone Star não cumprem "o princípio norteador" estabelecido pelo CDS-PP para apoiar a futura privatização: "que seja uma solução sem custos ou com o mínimo custo para os contribuintes".

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.