O Banco Central Europeu revogou a autorização do Banco Espírito Santo, S.A. (BES) para o exercício da actividade de instituição de crédito, o que implica a dissolução e a entrada em liquidação do banco
A licença bancária do Banco Espírito Santo (BES) foi revogada pelo Banco Central Europeu (BCE), entrando agora em liquidação, revelou o Banco de Portugal esta quinta-feira. "O Banco Central Europeu revogou a autorização do Banco Espírito Santo, S.A. (BES) para o exercício da actividade de instituição de crédito. A decisão de revogação da autorização do BES implicará a dissolução e a entrada em liquidação do banco", lê-se no comunicado do Banco de Portugal hoje divulgado.
Com esta revogação, o Banco de Portugal vai agora "requerer, nos termos da lei, junto do tribunal competente, o início da liquidação judicial do BES".
O comunicado termina com uma nota de agradecimento do governador do Banco de Portugal ao Conselho de Administração do BES, liderado por Luís Máximo dos Santos - que recentemente também tomou posse como administrador do Banco de Portugal -, referindo a "grande dedicação e competência demonstradas no exercício das suas funções, em condições pioneiras e particularmente complexas".
A revogação da licença para a actividade bancária do BES, a entidade que ficou com os chamados 'activos tóxicos' do banco da família Espírito Santo, já era esperada acontecer até 3 de Agosto, quando passam dois anos desde a resolução do banco.
Apesar de até agora o BES ainda ter licença, este já não podia realizar as atividades tradicionais de um banco, nomeadamente receber depósitos e conceder crédito.
O vulgarmente chamado "banco mau", o BES fechou o ano de 2015 com prejuízos de 2,6 mil milhões de euros, sendo que a maior parte desses se deveu à decisão de Dezembro passado do banco central de passar do Novo Banco para o BES cinco emissões de dívida não subordinada (sénior) no total de 2,2 mil milhões de euros.
BCE revoga licença bancária do BES que vai entrar em liquidação
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