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BCE. As 25 pessoas que decidem sobre as subidas dos juros

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 21 de novembro de 2022 às 20:00

As reuniões sobre o preço do dinheiro, no 41º andar da torre do BCE, demoram um dia e meio, incluem jantar e almoço em grupo – e forçam um consenso alargado. Missão: domar a inflação.

No 41º andar da torre do Banco Central Europeu (BCE) há uma sala enorme onde 25 pessoas tomam as decisões mais importantes para a economia da Zona Euro – e para o bolso do leitor. A sala tem janelas dos três lados e vista panorâmica para o rio Main e para a cidade alemã de Frankfurt. O teto, chamado o “teto da Europa”, tem elementos de alumínio que formam o mapa da Europa mostrado nas notas de euro. Nas cadeiras ergonómicas de pele bege, as 25 pessoas sentam-se de seis em seis semanas para ouvir, debater e decidir o que fazer às taxas de juro, ou seja, ao preço do dinheiro. Quando voltarem a reunir-se no próximo dia 15 de dezembro é provável que anunciem uma recessão na Zona Euro e que, mesmo assim, decidam subir as taxas de referência em mais 50 pontos base, sinalizando que continuarão a subir em 2023. É tudo parte do combate à maior taxa de inflação que o euro já experimentou.

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