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Como é que os supermercados escondem a escassez de produtos?

Andreia Costa 29 de novembro de 2021 às 07:30

Alguns artigos têm apenas um exemplar no início da estante e outro ao fundo. Nos EUA chegam a imprimir-se imagens das mercadorias que enchem as alas e no Reino Unido os chocolates substituíram os frescos.

A área de champôs, cremes, pastas de dentes e todo o tipo de cuidados de higiene pessoal é a primeira logo à entrada do hipermercado. As embalagens de gel de duche estão alinhadas e formam uma fila perfeita na extremidade da prateleira. Só que, retirando esse produto que serve de mostrador, fica em muitos casos um buraco vazio até ao fundo da estante, onde está novamente uma fila de recipientes de plástico. São 9h20, uma funcionária do Continente abre caixas de cartão de onde retira batons. Questionada sobre a organização peculiar das prateleiras, explica que ainda não teve “tempo para arrumar melhor”. Não estará também relacionado com a escassez de produtos, pergunto. Até porque a disposição repete-se na zona dos enlatados, dos cereais ou da alimentação para gatos. “Às vezes não há pessoas suficientes para repor o stock”, justifica.

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