A atleta, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, está a recuperar há dois anos de uma lesão que a obrigou a ser operada ao joelho esquerdo. Patrícia Mamona, de 36 anos, afirmou esta quarta-feira que está quase a regressar e não pretende retirar-se sem antes voltar às pistas. E deseja fazê-lo apenas em 2028, em Los Angeles.
Patrícia Mamona competiu pela última vez há dois anos. Foi nos Europeus de pista coberta de março de 2023, onde ganhou a medalha de bronze no triplo salto, que a atleta se lesionou. Ainda faltava um ano para os Jogos Olímpicos, mas a verdade é que não recuperou e falhou a ida a Paris, tendo mesmo de ser operada já em 2024.
Apesar dessa lesão complicada, a triplista, de 36 anos, ainda não vai pendurar as sapatilhas. "Gostava de acabar a carreira nos Jogos Olímpicos de Los Angeles [em 2028]", afirmou esta quarta-feira, dia 21, à margem de um evento onde participou para discutir a importância da atividade física e se mostrou surpreendida pelas conclusões de um estudo, que aponta para que 60% dos portugueses façam desporto regularmente.
Quanto à sua recuperação, Patrícia revelou que "está a correr bem", mas tem de decorrer "ao seu ritmo". "Uma das coisas que aprendi é que temos de respeitar o corpo, não se pode apressar o processo – eu quis apressar e não correu bem".
"Quero regressar o mais rápido possível às pistas, mas quero regressar bem, não é só voltar a saltar, é saltar bem. Esta época ainda estou à procura de recuperar totalmente, para conseguir ganhar forma, mas tenho esse objetivo de acabar a carreira nos Jogos Olímpicos e estou a fazer tudo o que é possível para o concretizar".
Patrícia diz que ainda está a fazer treino condicionado e à espera de "estar recuperada a 100%", não tendo ainda uma data prevista para o regresso, que no início será a nível nacional. "Sim, vou começar nas competições mais a nível nacional, e depois, se sentir que estou preparada, sigo para o panorama internacional".
A atleta diz ainda que é preciso ter paciência e aprender com os erros do passado, porque "esta coisa de querer apressar o processo" saiu-lhe cara. "Agora estou cautelosa e a caminhar de forma gradual, à procura de ter nos treinos os indicadores necessários".
Patrícia vai ser chefe de missão da comitiva portuguesa que vai aos Jogos Mundiais Universitários, em julho, e diz que essa vai ser mais uma competição em que terá de "sofrer por fora". "Na verdade já estou a sofrer por fora há algum tempo, e os Jogos Olímpicos de Paris foi a altura mais difícil".
Ao mesmo tempo, diz, como já é "veterana", "é importante começar a fazer essa transição de forma gradual para o pós-carreira". "O triplo salto, no fundo, é o meu bebé, foi sempre aquilo que eu fiz. E acabar de repente também me deixa, de certa forma, desamparada. E ser chefe de missão é importante para dar esses passos para o pós-carreira. É importante que eu possa, com tudo o que aprendi no atletismo, na minha modalidade, transferir essa informação para os mais novos, para fazer com que o caminho deles seja mais facilitado do que o meu. Acredito que tive uma carreira longa e bastante rica, e posso ajudar as próximas gerações de atletas, e quem sabe ajudar a formar atletas de nível mundial".
Falando da lesão, Patrícia diz mesmo que não pode encará-la como um azar. "Abriu-me os olhos para muitas coisas, e fez-me perceber que as lesões fazem parte da carreira de um atleta. Porque eu tive a felicidade de ter uma carreira muito longa, de chegar ao topo, que foi ir aos Jogos Olímpicos e ganhar uma medalha olímpica, e nunca tinha tido uma lesão grave".
Na sua opinião, "saber gerir esse tipo de emoções também é muito importante". "No desporto, nem todos podem ser atletas de alta competição, o desporto também é para formar pessoas, e que são boas não só no desporto mas também noutras vertentes da sua vida. E, para mim, passar por isto [a lesão] tem sido um período de aprendizagem. E que também me vai ajudar nesse intuito de passar a informação e de passar a minha experiência às outras gerações, até para alertar para os perigos que há no desporto".
Garantindo que atualmente está "muito melhor" física e mentalmente, Patrícia revelou que já sente "aquela inveja boa, que dá força", que é ir todos os dias à pista e ver as suas colegas e competidoras a saltar. "Tenho tido muito apoio, a nível familiar e da minha equipa técnica, com uma psicóloga, com um grupo de treino que tem sido espetacular a gerir esta situação, contando sempre com o apoio do clube [Sporting], da Federação [de atletismo] e do Comité Olímpico. Sei que estou perto do regresso e eu quero voltar o mais rápido possível, porque a fome de competir continua lá".
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