Sábado – Pense por si

Recorde de temperatura registada durante onda de calor foi de 44,6 graus em Alvega

Em 28 estações de medição de temperatura foram "ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima para o mês de julho", adianta o IPMA.

Alvega, concelho de Abrantes, registou a temperatura do ar mais elevada em Portugal na terça-feira, 44,6 graus celsius, enquanto em 15% do território os valores estiveram acima dos 42 graus, anunciou hoje o IPMA.

Dados divulgados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, recolhidos às 18:00 de terça-feira, indicam que em 28 estações de medição de temperatura foram "ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima para o mês de julho". Em seis destas estações foram excedidos os anteriores extremos absolutos.

A informação relativa à persistência do tempo muito quente indica ainda valores iguais ou superiores 30 graus em praticamente todo o território, à exceção de Cabo Carvoeiro, Foia e Sagres.

Em 85% do território, a temperatura máxima do ar foi igual ou superior a 35 graus, enquanto em 40% do território se registaram 40 ou mais graus de máxima.

Em Leiria (aeródromo) os termómetros chegaram aos 44,1 graus, com o anterior máximo extremo de julho registado em 2007 (40,3 graus). Anadia atingiu os 42,8 graus, contra 42,2 de julho de 1941.

Na estação de Monção/Valinha, o IPMA registou 42,7 graus, comparando com os 42 graus de 1968 (início da série). Ansião chegou aos 42,5 graus, contra 41,2 em 2000 e Zebreira assinalou 42,1 graus (42 graus em 2000).

A atual onda de calor atinge Santarém há 11 dias, Montalegre e Pinhão há nove dias, Alvega há oito dias e Coruche, Avis e Mora há sete dias.

Entre os locais que se encontram há seis dias sob a onda de calor estão Lisboa, Sines, Évora, Elvas, Beja, Castelo Branco, Portalegre, Viseu, Guarda, Fundão, Penhas Douradas, Viana do Alentejo, Amareleja e Mértola, Alcácer do Sal e Setúbal.

Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres