Sábado – Pense por si

Professores promovem manifesto de apoio a ocupações pacíficas de escolas pelo clima

Lusa 06 de novembro de 2022 às 14:09
As mais lidas

Na próxima segunda-feira, o movimento Greve Climática Estudantil associa-se ao movimento internacional que exige o fim dos combustíveis fósseis a nível internacional, numa ação que prevê a ocupação de escolas secundárias e universidades de forma pacífica.

Um grupo de professores e investigadores promoveu o Manifesto de Apoio ao Movimento Pacífico de Ocupação de Escolas Pela Greve Climática Estudantil, que conta com uma centena de signatários de instituições de ensino portuguesas e estrangeiras.

Estudantes da Coreia do Sul faltam às aulas para manifestação pelas alterações climáticas
Estudantes da Coreia do Sul faltam às aulas para manifestação pelas alterações climáticas

Em comunicado, o grupo deu a conhecer o manifesto, que "partindo de um gesto inicial e coautoria de um grupo de professoras/professores e investigadoras/investigadores portugueses, viu juntarem-se-lhe entretanto numerosas outras assinaturas de todos os pontos do país".

Na próxima segunda-feira, o movimento Greve Climática Estudantil associa-se ao movimento internacional que exige o fim dos combustíveis fósseis a nível internacional, numa ação que prevê a ocupação de escolas secundárias e universidades de forma pacífica, assumindo diferentes moldes, tendo diferentes reivindicações locais.

"Aliamo-nos, pois, à causa estudantil por um plano de governo concreto, exequível, para a neutralidade carbónica até 2030, salvaguardando a equidade de trabalho (e a transição justa para empregos para o clima), bens e garantias. Não é só isso que é necessário para harmonizar a nossa casa comum", lê-se no manifesto promovido pelo grupo de professores.

No texto, os promotores disponibilizam-se para "fazer aulas que contem com elas e eles [estudantes] e tratem dos problemas do clima e da justiça ambiental: das soluções de energia renovável; do incremento da biodiversidade; de alternativas políticas e ativistas; das histórias, geografias e políticas coloniais; do racismo ambiental; das desigualdades de género no trabalho de sustentação e cuidados; da imaginação poética para as relações entre seres", entre outros.

Adicionalmente, os professores manifestam disponibilidade para "discutir e (re)construir um desenho curricular que permita trabalhar sobre estas questões", "elencar e reivindicar as medidas específicas mais prementes para a mudança em cada escola", bem como "participar em ações, construtivas e não coercivas, de alerta, alegria, debate e protesto, aliando estudantes e trabalhadores, com vista à mudança que urge implementar em prol da justiça ambiental e social".

Os promotores do manifesto apelaram à participação de demais pessoas da comunidade escolar e civil, subscrevendo o documento na plataforma M.A.E.Movimento de Ação Ecológicaou "apresentando sugestões e ações conjuntas".

Artigos Relacionados

Gaza e a erosão do Direito Internacional

Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.

Por nossas mãos

Floresta: o estado de negação

Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.