A distinção foi atribuída pela descoberta e síntese de "pontos quânticos".
O Prémio Nobel da Química de 2023 foi atribuído a Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov pela descoberta e síntese de "pontos quânticos".
Reuters
As nanopartículas e pontos quânticas são usados nas luzes LED e nos ecrãs de televisão, além de serem utilizados para guiar os cirurgiões quando tentam remover tecido cancerígeno de um paciente.
Os três investigadores norte-americanos vão receber um prémio com um valor pecuniário de 11 milhões de coroas suecas (cerca de 950 mil euros) que será distribuído em partes iguais pelos três investigadores.
Bawendi é professor no Massachusetts Institute of Technology (MIT), Brus é professor emérito da Universidade de Columnia e Ekimov trabalha para a empresa Nanocrystals Technology Inc.
As descobertas dos três vencedores do Nobel da Química são já usadas em áreas como a saúde, permitindo fazer sondas pequeníssimas que identificam células, podendo matá-las ou dar-lhes brilho para que sejam localizadas, refere o professor João Carlos Lima, do Departamento de Química, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa àLusa.
Os pontos quânticos são partículas extremamente pequenas, cujas dimensões não ultrapassam alguns nanómetros de diâmetro. "São materiais que, quando são divididos de uma forma muito pequena, têm propriedades especiais e podem ser programados", explicou à Lusa o professor João Carlos Lima, do Departamento de Química, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa.
Na prática, "um deles (um ponto quântico) consegue fazer uma sonda muito pequena que consegue identificar determinadas células e fazer determinadas interações", disse, acrescentando que a tecnologia "pode ser usada para aquecer e matar células", assim como "para fazer brilhar as células permitindo saber onde estão e quais as suas propriedades".
Além de terapias baseadas nestas nanotecnologias, os pontos quânticos também são usados, por exemplo, em eletrónica, como as luzes LED, que se baseiam nestas propriedades das nanopartículas, acrescentou o professor do Departamento de Química.
O Nobel da Química foi o terceiro a ser atribuído, depois do prémio para a medicina e a física no início desta semana.
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