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Pfizer vai entregar mais 50 milhões de doses da vacina à União Europeia

Diogo Barreto
Diogo Barreto 14 de abril de 2021 às 13:07
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Até junho a empresa comprometeu-se a entregar 250 milhões de doses da vacina contra a covid-19. Anúncio é feito um dia depois da Johnson & Johnson ter avisado que ia atrasar a primeira entrega.

A Pfizer vai aumentar a quantidade de vacinas entregues na União Europeia até junho. No total, serão maiss 50 milhões de doses, de acordo com a farmacêutica. O aviso surge um dia depois da Johnson & Johnson ter anunciado que vai atrasar a entrega das suas vacinas na UE.

REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo

De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a farmacêutica vai acrescentar 50 milhões de vacinas às 200 milhões que já estavam planeadas para este trimestre. Nos primeiros três meses do ano, até ao final de março, a Pfizer entregou cerca de 66 milhões de vacinas à UE. "Como podemos ver com o anúncio feito ontem [terça-feira] da Johnson & Johnson, há ainda muitos fatores que podem perturbar os prazos de entrega previstos de vacinas e, por conseguinte, é importante agir rapidamente para antecipar e ajustar sempre que for possível", disse von der Leyen.

Numa curta declaração à imprensa em Bruxelas, a responsável anunciou que, "mais uma vez", o executivo comunitário "chegou a acordo com a BioNTech/Pfizer para acelerar a entrega de vacinas, num total de 50 milhões de doses adicionais que serão entregues no segundo trimestre, com início em abril".

"Essas 50 milhões de doses foram inicialmente previstas para entrega no quarto trimestre de 2021 e estarão agora disponíveis no segundo trimestre, o que eleva o total das doses entregues pela BioNTech-Pfizer para 250 milhões de doses" entre abril e junho.

De acordo com Ursula von der Leyen, "estas doses serão distribuídas proporcionalmente à população entre todos os Estados-membros, o que ajudará substancialmente a consolidar o desenvolvimento das campanhas de vacinação".

"Quero agradecer à BioNTech/Pfizer, que provou ser um parceiro de confiança [porque] cumpriu os seus compromissos e responde às nossas necessidades, para o benefício imediato dos cidadãos da UE", adiantou a responsável.

O último precalço relativo à vacinação na Europa - um percurso atribulado desde a primeira hora - surgiu por parte da Johnson & Johnson que anunciou que ia atrasar a entrega de vacinas na UE, ao mesmo tempo que a sua administração era suspensa nos Estados Unidos da América devido ao aparecimentos de coágulos sanguíneos em algumas pessoas vacinadas.

Era suposto a Johnson entregar cerca de 55 milhões de vacinas até junho, o que iria ajudar a acelerar o processo de vacinação na Europa, já que é preciso apenas uma dose desta vacina para atingir imunidade à covid-19.

Mais de 1,5 milhões de pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 e cerca de 630 mil têm a vacinação completa, o equivalente a 6% da população portuguesa, segundo a Direção-Geral da Saúde.

De acordo com o relatório semanal da DGS sobre a vacinação, 1.588.315 portugueses já foram vacinados com a primeira dose, 252.568 dos quais na última semana, o que representa 15% da população.

Com a vacinação completa estão agora 632.242 pessoas, 52.028 das quais receberam a segunda dose na última semana.

Por grupos etários, 90% dos idosos com mais de 80 anos (606.919 pessoas) já foram vacinados com a primeira dose da vacina e 51% (344.738) já têm a vacinação completa contra o vírus SARS-CoV-2.

O segundo grupo mais vacinado é o das pessoas entre os 65 e os 79 anos, com 27% (436.576) já com a primeira dose, percentagem que baixa para apenas 3% no que se refere à toma das duas doses (56.003).

Segundo a DGS, 12% das pessoas da faixa etária entre 50 e os 64 anos (267.454) também já receberam a primeira dose e 4% dos portugueses deste escalão etário (83.574) receberam as duas tomas previstas na vacinação.

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