Nos últimos vinte anos até 2021, a pré-obesidade e a obesidade foram os fatores de risco que mais aumentaram a sua influência na saúde dos portugueses, sendo agora mais determinantes do que o tabagismo.
O excesso de peso e os maus hábitos alimentares estão entre os principais fatores para os portugueses perderem anos de vida saudável, contribuindo para 8,3% e 7,5% das mortes em Portugal em 2021, respetivamente, revela a Direção-Geral da Saúde (DGS) em comunicado.
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Os dados estão inseridos no estudo internacional Global Burden Disease (Carga Global de Doença) coordenado pela Universidade de Washington, que recolhe informação de 204 países sobre as doenças e os fatores de risco que mais contribuem para a mortalidade e para a perda de anos de vida saudável das populações.
O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS fez uma posterior análise em que conclui que "os fatores de risco modificáveis como a alimentação inadequada, o tabagismo, o elevado consumo de bebidas alcoólicas e a inatividade física e sedentarismo tornaram-se os que mais condicionam a carga da doença em Portugal". O documento alerta que "nestas duas últimas décadas o excesso de peso ultrapassou o tabaco como um dos fatores de risco que mais contribui para a perda de anos de vida saudável e para a mortalidade": o Índice de Massa Corporal elevado contribuiu para 7,4% do total de DALYS (Anos de Vida Perdidos por Morte ou Incapacidade) e 7,5% do total de mortes em 2021, contra 5,8% e 6,5% em 2000.
Elevado consumo de carne vermelha, carnes processadas, consumo excessivo de sal ou consumo insuficiente de cereais integrais, fruta e hortícolas foram destacadas como os comportamentos alimentares que mais contribuíram para que os portugueses vivessem menos anos com saúde em 2021, em especial porque aumenta a carga de doenças cardiovasculares, diabetes, doenças renais e neoplasias.
O estudo, que conta com a colaboração da DGS, avança ainda que a influência do excesso de peso na saúde é maior nas mulheres.
Nos últimos vinte anos até 2021, a pré-obesidade e a obesidade foram os fatores de risco que mais aumentaram a sua influência na saúde dos portugueses, com um aumento de 28% no contributo do excesso de peso para a perda de anos de vida saudável e de 14% para o total de mortes associadas, contrariamente à diminuição observada em quase todos os outros fatores analisados.
Ao observar os cinco fatores de risco que mais contribuem para a mortalidade - hipertensão arterial (13%), hiperglicemia (11%), alimentação inadequada (8%), excesso de peso (8%) e tabagismo (7%) -, apenas o tabagismo não pode estar direta ou indiretamente relacionado com a forma como nos alimentamos.
A DGS alerta ainda que estes dados reforçam a necessidade de intensificar os esforços para a implementação de medidas na área da prevenção e tratamento da obesidade. "Todos estes fatores são modificáveis, não obrigam ao aumento significativo de custo para o cidadão e a ser atingidos poderiam ter um impacto positivo adicional a nível ambiental", frisa a DGS.
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