O referendo que resultou na despenalização do aborto por opção da mulher até às dez semanas foi realizado há dez anos
As interrupções voluntárias da gravidez (IVG) estão a descer desde 2012. O segundo referendo do país, que despenalizou o aborto por opção da mulher até às dez semanas de gravidez, foi realizado há dez anos.
Um relatório da Direcção-Geral de Saúde (DGS) analisou os dados de 2008 a 2015, os primeiros oito anos completos que se seguiram à despenalização.
Segundo a agência Lusa, regista-se uma diminuição de 1,9% entre 2014 e 2015. Neste último ano, ocorreram 15.873 interrupções. 2015 é o ano com o valor mais baixo desde 2008.
De 2008 a 2011, as interrupções da gravidez por opção da mulher aumentaram. A partir de 2012, essa tendência foi contrariada: entre 2011 e 2012 descem 6,6% e entre 2013 e 2014, 8,7%.
No ano de 2015, metade das mulheres que abortaram já tinham um ou dois filhos. 42,3% ainda não era mãe. 70% das mulheres que fizeram um aborto em 2015 nunca tinham passado por nenhum. 2,5% já tinham realizado três ou mais.
Sete em cada dez abortos, em 2015, foram efectuados em unidades oficiais do Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Outro estudo, realizado pelo Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis) e divulgado pelo jornal Público, revelou que 10% das IVG implicam internamento hospitalar. Antes da despenalização, cada aborto levava a uma hospitalização.
Ao Público, Lisa Vicente, consultora da Direcção-Geral da Saúde para a saúde reprodutiva, afirmou que "a percentagem de complicações nas IVG ao abrigo da lei ronda os 5% do total".
Interrupções voluntárias da gravidez em descida desde 2012
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