NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
Estudo foi publicado na revista Nature Ecology & Evolution.
Os seres humanos, só ao caminharem, deslocam-se muito mais do que todos os animais selvagens da Terra, segundo um estudo publicado esta segunda-feira, que demonstra até que ponto a espécie humana deixa sua marca na superfície do planeta.
Conduzido por biólogos especializados em avaliação da biomassa e na sua movimentação, este estudo foi publicado na revista Nature Ecology & Evolution.
"Embora os animais selvagens realizem migrações notáveis, a movimentação de biomassa dos humanos provavelmente excede a de toda a vida selvagem terrestre", escrevem os investigadores, no estudo citado hoje pela agência noticiosa francesa AFP.
A movimentação de biomassa dos humanos é estimada em 600 gigatoneladas/quilómetros por ano, enquanto a movimentação de biomassa dos animais terrestres varia entre menos de 100 e menos de 400 gigatoneladas/quilómetros por ano e, nas projeções mais otimistas, chega a 700 gigatoneladas/quilómetros por ano.
O estudo indica, por outro lado, que se for adicionado o deslocamento humano motorizado, “a desproporção é ainda mais dramática”.
“O movimento combinado de biomassa de todas as aves selvagens, artrópodes terrestres e mamíferos terrestres selvagens é cerca de um sexto da caminhada dos humanos e perto de 40 vezes menor do que todo o movimento de biomassa dos humanos”, acrescentam os cientistas.
“Mesmo as grandes migrações que vemos em documentários sobre vida selvagem — entre as maiores migrações terrestres do planeta — não se comparam ao movimento de biomassa humana causado por pessoas que se deslocam para assistir uma competição do Campeonato do Mundo de futebol, comentou Ron Milo, biólogo do Instituto Weizmann de Ciências (Israel), num comunicado sobre o estudo.
Segundo o estudo, “caminhar representa cerca de um sétimo do movimento da biomassa humana”, o que “é muito menos do que veículos e ciclomotores (cerca de 65%), mas mais do que aviões (10%) e transporte ferroviário (5%).
A investigação refere que os movimentos humanos são comparáveis apenas aos do plâncton e dos peixes abaixo de 200 metros [de profundidade], espécies que constituem a maior parte da biomassa animal do planeta.
O estudo faz comparações entre o presente e o ano de 1850, frequentemente citado como o início da era industrial, quando a Terra tinha 1,2 mil milhões de habitantes, em comparação com os 8,2 mil milhões atuais.
"Os oceanos como um todo perderam cerca de 60% dos seus movimentos de biomassa desde 1850, principalmente devido à pesca industrial e à caça de baleias", concluem os investigadores.
Humanos deslocam-se diariamente mais do que todos os animais da Terra
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Cliques e emoções substituíram rigor e independência. Talvez o legado de Pinto Balsemão possa lembrar que ética, critério e responsabilidade são os alicerces de uma sociedade sustentável e de uma esfera pública saudável.
André Ventura disse finalmente aquilo que há tanto tempo ansiava: “Não era preciso um Salazar, eram precisos três para pôr o país em ordem”. Resta saber se esse salazarista conhece a fábula da rã que queria ser grande como um boi.
O livro de Cercas, "O Louco de Deus no Fim do Mundo" é a procura da justificação da ressurreição plena dos corpos entre os crentes católicos, mas assenta num equívoco.