NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Esta é a primeira evidência de contaminação microplástica em vestígios arqueológicos, uma contaminação que compromete os dados científicos. A descoberta pode forçar uma mudança na forma como se preservam estes locais.
Foram encontrados microplásticos em amostras de solo com vestígios arqueológicos, revelou o estudo publicado na revistaScience of the Total Environment. Esta descoberta pode levar a uma alteração na forma como os vestígios arqueológicos são atualmente preservados.
Reuters
Os investigadores da Universidade de York, no Reino Unido, encontraram microplásticos em depósitos de solo a mais de sete metros de profundidade, que provêm de dois sítios arqueológicos da região. Os vestígios datam dos séculos I ou II depois de Cristo, tendo sido escavados na década de 1980.
Os cientistas utilizaram a técnica de imagem FTIR, que pode detetar a quantidade, o tamanho e a composição dos microplásticos. O estudo identificou cerca de 16 tipos diferentes de polímeros microplásticos em amostras de solo contemporâneas e arquivadas.
Os microplásticos podem comprometer o valor científico dos depósitos arqueológicos e indicadores ambientais suspensos em sedimentos significativos, menciona o estudo. Se for revelado que os vestígios arqueológicos estão comprometidos, esta contaminação pode influenciar futuras estratégias de escavação e amostragem.
O que são microplásticos?
Microplásticos são pequenos pedaços de plástico que não ultrapassam os cinco milímetros. Estes formam-se quando os plásticos maiores se decompõem, tanto por degradação química ou por desgaste físico.
Existem duas categorias: os microplásticos primários, que são partículas minúsculas concebidas para utilização comercial, como os cosméticos ou microfibras que se desprendem do nosso vestuário e de outros têxteis, como redes de pesca; e os microplásticos secundários, que são partículas resultantes da decomposição de objetos dos plásticos maiores, como garrafas de água.
Os plásticos demoram centenas ou milhares de anos a decomporem-se e nesse processo causam estragos e contaminam tanto os solos, como os oceanos e até a saúde humana.
"No nosso projeto-piloto, salientamos que a contaminação está a ocorrer quase impercetivelmente, e tem vindo a ocorrer ao longo de muitos anos", aponta o estudo. "[Está a ocorrer] através de uma gama diversificada de processos que se relacionam com as alterações ambientais, poluição ambiental, alterações do comportamento humano e infraestruturas (principalmente água e esgotos)."
A proteção dos sítios históricos
Atualmente a preservação de vestígios arqueológicos é feita in situ, que significa no próprio lugar, ajudando a evitar danos nos artefactos, preservando-os para que os investigadores possam recolher informações e mantendo o contexto em que foram descobertos. Esta descoberta pode desencadear uma mudança nessa abordagem, uma vez que a contaminação por microplásticos pode comprometer o valor científico dos mesmos.
"Estamos familiarizados com os plásticos nos oceanos e nos rios, mas aqui vemos o nosso património histórico a incorporar elementos tóxicos", defendeu John Schofield, professor e diretor de estudos no Departamento de Arqueologia da Universidade de York, em comunicado. "Até que ponto esta contaminação compromete o valor probatório destes depósitos e a sua importância nacional é o que vamos tentar descobrir a seguir."
O estudo concluiu assim que esta é a primeira prova de contaminação por microplásticos de amostras arqueológicas de sedimentos com polímeros e gamas de tamanhos minúsculos, tendo em conta o procedimento de preservação. "A presença de microplásticos pode e irá alterar a química do solo, potencialmente introduzindo elementos que causarão a decomposição dos restos orgânicos", explicou David Jennings, diretor executivo da York Archaeology, na mesma comunicação divulgada pela universidade. "Se for esse o caso, a preservação da arqueologia in situ pode já não ser adequada."
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.