Para Cristina Sousa, as vacinas deviam abranger seropositivos com carga vírica descontrolada e com o sistema imunitário debilitado. DGS está a analisar a situação.
Covid-19: Seropositivos deviam integrar grupo prioritário de vacinação, defende Abraço
A pandemia de covid-19 não foi um golpe para a população seropositiva, considera Cristina Sousa, presidente da Abraço, associação de apoio a infetados pelo VIH/SIDA. Porém, os seropositivos com uma carga vírica descontrolada – como as pessoas que foram diagnosticadas recentemente ou que nunca tomaram medicamentos – e com o sistema imunitário enfraquecido deviam ser incluídos nos grupos prioritários de vacinação, defende.
"As pessoas saudáveis costumam ter 2 mil CD4 [linfócitos que lutam contra as infeções]. Quem está infetado com o VIH, ou em fase SIDA, ou tem a doença há muitos anos, pode ter dois, três, dez CD4", explica Cristina Sousa.
A SÁBADO questionou a Direção-Geral de Saúde (DGS), que indica que "as doenças com interferência no sistema imunitário (como o HIV) estão a ser estudadas pela CTVC [Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19]", e, por isso, os seropositivos podem vir a ser incluídos no grupo prioritário da fase dois - mas ainda é cedo para sabê-lo.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.