Descoberta poderá abrir caminho a novos tratamentos de fertilidade e aumenta a possibilidade de casais do mesmo sexo poderem vir a ter filhos biológicos.
O mundo da infertilidade há muito que é estudado por centenas de cientistas em todo o mundo. Agora, um grupo de investigadores da Universidade de Kyushu, no Japão, conseguiu criar ratos de laboratório a partir de células vindas de dois macho, obtendo óvulos.
REUTERS/Leon Kuegeler
Katsuhiko Hayashi, cientista que liderou o trabalho, explicou aoThe Guardianque o estudo tinha como principal objetivo a aplicação da técnica em casos de infertilidade graves, como mulheres com a síndrome de Turner (uma condição genética caracterizada pela ausência parcial ou total do cromossoma X).
Agora, garante que conseguiram alcançar uma descoberta "inédita" que abre novas possibilidades no mundo da reprodução e prevê que dentro de uma década será possível criar óvulos humanos a partir de células de pele masculina. A ser verdade, abrir-se-ia caminho para os casais do mesmo sexo poderem vir a ter filhos biológicos.
Porém, a comunidade cientifica mantém-se bastante cética – mesmo reconhecendo o avanço – uma vez que ainda não foi possível criar óvulos humanos em laboratório a partir de células femininas.
Amander Clark, professor na Universidade da Califórnia em Los Angeles, considera que esse seria "um grande salto", enquanto George Daley, reitor da Harvard Medical School, reconhece que o trabalho é "fascinante" mas que a aplicação do mesmo em ratos de laboratório é "muito mais simples" que em humanos.
De uma forma prática, o trabalho realizado passou pela transformação de células de pele masculinas em óvulos femininos. No fundo, segundo explicam os cientistas, as células masculinas foram "reprogramadas em células-tronco", tendo sido depois substituído o cromossoma Y por um X "emprestado" de outras células.
Katsuhiko Hayashi explica que o "truque" passa pela "duplicação do cromossoma X" e garante que os próximos passos passam por tentar adaptar a descoberta a células humanas. Mesmo estando conscientes de que deverão enfrentar bastantes desafios por existir o risco das células adquirirem mutações genéticas.
Já os animais encontram-se "saudáveis, a crescer de forma normal e alguns até já foram pais".
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