"Há números muito significativos que inviabilizaram a resposta imediata do serviço", afirmou sindicalista.
A adesão à greve dos trabalhadores da saúde relativamente ao turno da noite foi elevada, de acordo com o sindicalista José Abraão, salientando que hoje de manhã várias consultas, exames e cirurgias vão ser afectadas pela paralisação.
Os profissionais de saúde iniciaram às 00:00 de hoje um dia de greve, que não abrange médicos nem enfermeiros, mas que, nas contas dos sindicatos que a convocaram, deverá abranger cerca de 200 mil trabalhadores entre assistentes técnicos (administrativos) e assistentes operacionais (auxiliares).
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da Federação Sindical da Administração Pública (FESAP), José Abraão, não quis avançar com percentagens relativamente ao turno da noite, mas adiantou que "são muito elevados".
"No que diz respeito ao turno da noite, há números muito significativos que inviabilizaram a resposta imediata do serviço. (...) Os serviços estão a trabalhar com deficiências. No Porto e em Lisboa e nos hospitais do interior do país, temos uma resposta superior à da última greve da saúde", sublinhou.
O dirigente lembrou que esta é uma paralisação dos assistentes técnicos, dos assistentes operacionais e também dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, cuja carreira foi recentemente negociada, mas ainda não está regulamentada, e que estão em greve há 20 dias.
"No turno da manhã que começa às 08:00 prevê-se uma grande adesão. Temos consultas que não se vão fazer, outras foram desmarcadas e outras vão realizar-se com atrasos. Há cirurgias programadas que provavelmente terão dificuldades sem e realizar", disse José Abraão, remetendo mais informação para mais tarde.
Os primeiros dados referentes à greve dos trabalhadores da saúde, divulgados no início da madrugada, nos hospitais do distrito de Lisboa davam uma adesão superior a 80% atingindo, no caso do Amadora-Sintra, os 100%, segundo a Federação, da CGTP.
A greve foi convocada pelas estruturas da UGT (FESAP) e da CGTP-IN (Frente Comum).
Entre as motivações da greve está a falta de acordo colectivo de trabalho para 40 mil profissionais de saúde com contratos individuais de trabalho, mas que não beneficiam do descongelamento das carreiras, nem têm horário semanal de 35 hora, sobretudo dos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais).
"O texto do acordo colectivo de trabalho está praticamente negociado, só falta vontade política", afirmou José Abraão, que disse já ter pedido a semana passada uma reunião ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, para discutir o tema.
O dirigente sindical considerou que é importante que o Governo "não reduza" os problemas laborais na saúde [apenas] "aos médicos e enfermeiros, que têm feito excelente trabalho", mas que aprove melhorias para todos os profissionais, uma vez que todos são necessários ao funcionamento dos serviços.
Adesão à greve na saúde "elevada" no turno da noite, diz sindicato
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