"Emigrar deveria ser uma escolha livre e nunca a única possível", defendeu durante o Angelus dominical pelo Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados.
O Papa Francisco exigiu hoje um "direito de não migrar", que permita às pessoas permanecer nas suas terras com dignidade, mas pediu que aqueles que o tenham de fazer sejam bem acolhidos e integrados.
EPA/CLAUDIO PERI
"Emigrar deveria ser uma escolha livre e nunca a única possível", defendeu, durante o Angelus dominical pelo Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados, hoje proferido na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O apelo foi lançado depois das orações e na sequência da sua visita à cidade francesa de Marselha, conhecida por ser multiétnica e multirreligiosa, onde participou nos Encontros do Mediterrâneo.
"Na verdade, o direito a migrar tornou-se, para muitos, uma obrigação, mas deveria existir um direito de não migrar e permanecer na sua terra natal", considerou o Papa, no seu discurso feito à janela do palácio apostólico.
A Igreja Católica celebra hoje o 109.º Dia Mundial dos Migrantes, este ano sob o lema "livres para migrar ou permanecer".
"É necessário que a cada homem e mulher seja garantida a possibilidade de viver com dignidade na sociedade em que se encontram", sublinhou o Papa, lamentando que "a miséria, a guerra e a crise climática levem muitas pessoas a ter de fugir" das suas casas e países.
"É por isso que somos chamados a criar comunidades preparadas e abertas para acolher, promover, acompanhar e integrar aqueles que batem à nossa porta", disse, pedindo também aos fiéis para rezarem pela Ucrânia e pelo seu povo que "sofre tanto" na guerra.
Durante a viagem a Marselha, Francisco pediu à Europa que atue com responsabilidade face ao fenómeno migratório e insistiu que os migrantes que arriscam a vida no mar para chegar à Europa "não são invasores".
O Papa também criticou o "fanatismo e a indiferença" perante os migrantes que procuram uma vida melhor na Europa e agradeceu às organizações que os acolhem após as travessias do Mediterrâneo.
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