Foram 200 quilómetros a pé, cerca de 25 por dia, durante oito dias de caminhada. Gonçalo Cadilhe fez-se às estrada para refazer o caminho que Santo António percorreu no início do séc. XIII. O resultado é um livro de histórias de viagem, mas também da vida do Santo que nasceu em Lisboa: Por Este Reino Acima, da Clube do Autor. Numa altura em que viajar cá dentro faz ainda mais sentido, o autor convida-nos a descobrir o trekking.
É o tipo de turismo mais adequado em tempos de pandemia? Em tempos de pandemia não é uma questão de ser ou não adequado, mas sim de estar autorizado, de ser possível. Trekking nos Himalaias ou na Patagónia por exemplo, não é possível porque não conseguimos viajar até lá. Turismo em Portugal é possível? Sim. Então, é um facto que há esta enorme riqueza e variedade de lugares bonitos fora das grandes cidades, estas paisagens magníficas, que podemos ir visitar. E a visita é mais impactante se for conquistada com o esforço dos nossos passos. É mais gratificante. Na minha opinião, o trekking é mais "adequado" para conhecer os outdoors de Portugal. Agora, será que, para os senhores da DGS que ditam as nossas regras de comportamento, o trekking é mais adequado do que ir para a praia? Provavelmente, sim. Não sei.
Tem saudades de viajar para fora do país? Não. Estou a viver bem este período, recuperando a dimensão do mundo que eu tinha quando era criança, ou seja, de regresso à minha terra natal, que é a Figueira da Foz e os campos do Mondego, desfrutando os seus encantos e os seus segredos na companhia da minha família.
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