Sábado – Pense por si

O que se passa com o homem branco?

Vanda Marques
Vanda Marques 09 de abril de 2025 às 20:00

A jornalista Susanne Kaiser analisa o movimento Incel, defende que se trata de terrorismo contra as mulheres e que é preciso agir. A extrema-direita está por trás de tudo.

Não, as mulheres não estão a pedir para serem violadas. Estão a implorar por isso, porra!” A frase, citada no livro A Revolta do Homem Branco, de Susanne Kaiser, pertence a Paul Elam ativista antifeminista norte-americano. Apesar de o discurso não ser novo, o aumento da violência machista é um fenómeno moderno. Alimentado pelo movimento Incel – que surge na série da Netflix, Adolescência –, este tipo de discurso está a proliferar na Internet. “Não é de hoje, mas está muito mais radicalizado, particularmente nas sociedades ocidentais. A manosfera está no TikTok, no Instagram e nos últimos três anos, principalmente com Andrew Tate [influencer com 10 milhões de seguidores no X], todo este conteúdo misógino do Incel está cada vez mais presente”, diz à SÁBADO Susanne Kaiser.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

Insustentável silêncio

Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.