Os ortodoxos nos Estados Unidos representam apenas 1% da população, no entanto desde a pandemia que tem existido um aumento exponencial, sobretudo de homens desiludidos com o modo de vida do Ocidente.
"Muitas pessoas me perguntam: ‘Padre Moses, como posso aumentar a minha masculinidade a níveis absurdos?’", é assim que começa umvídeo partilhado no Youtubepor Moses McPherson, um padre ortodoxo pai de cinco filhos.
Instagram Moses McPherson
Nas suas várias publicações nas redes sociais defende que os homens devem apresentar uma masculinidade viril e considera que utilizar calças justas, cruzar as pernas, passar a roupa a ferro, arranjar as sobrancelhas ou até comer sopa podem ser consideradas coisas muito femininas.
Moses McPherson foi criado numa comunidade protestante e trabalhou enquanto pedreiro antes de começar de se converter à Igreja Ortodoxa Russa e decidir ser padre. Agora serve a comunidade Ortodoxa Russa Fora da Rússia (ROCOR na sigla em inglês) em Georgetown, no Texas.
A ROCOR é uma rede global com sede em Nova Iorque, mas que nos últimos anos se tem expandido para fora dos Estados Unidos devido ao aumento de conversões de pessoas de outras religiões.
Dentro da comunidade a maior parte das crianças são educadas em casa pelas mães, que devem dedicar-se a cuidar da casa e da família. O padre John Whiteford, que serve no norte de Houston, defende que a educação domiciliar garante uma educação religiosa e é "uma maneira de proteger os seus filhos" evitando conversas sobre o "transgenerismo ou os 57 géneros que podem ter".
Moses McPherson acredita que há duas formas de servir a Deus: ser monge ou freira ou casar-se e ter o maior número de filhos possíveis, pelo que os fiéis devem evitar métodos contracetivos: "Mostre-me um santo na história da Igreja que já abençoou qualquer tipo de controlo de natalidade", refere num dos vídeos. Noutro considera a masturbação, ou o "autoabuso", como um ato "patético e pouco masculino".
O líder da paróquia de Georgetown considera ainda que "no Ocidente tudo se tornou muito feminizado" enquanto a Igreja Ortodoxa é "apenas normal".
Nos últimos seis meses o padre Moses McPherson preparou 75 jovens americanos para o batismo: "Quando eu e a minha esposa nos convertemos, há 20 anos, costumávamos considerar a Ortodoxia como o segredo mais bem guardado, porque a maior parte das pessoas simplesmente não sabiam o que era. Mas no último ano e meio a nossa congregação triplicou de tamanho", partilhou.
Apesar do crescimento, o número de ortodoxos nos Estados Unidos e apenas de 1% da população e os membros da ROCOR, fundada em 1917 por padres e clérigos que fugiram da Revolução Rússia, são ainda menos. No entanto são conhecidos por terem a jurisdição ortodoxa mais conservadora do país e uma voz expressiva.
Segundo os dados daOrthodox Church in Americaa maioria dos convertidos são homens que afirmam que decidiram procurar uma nova fé depois da pandemia. Atualmente, segundo a associação, existem 700 paróquias, missões, comunidades, mosteiros e instituições nos Estados Unidos, Canadá e México.
As redes sociais têm se demonstrado um espaço fundamental para chamar a atenção de possíveis novos fiéis, Moses McPherson, por exemplo, conta com 33,9 mil seguidores.
O chefe da Igreja Russa em Moscovo, o patriarca Kirill, tem apoiado a invasão à Ucrânia desde o seu início, considerando-a como uma Guerra Santa.
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