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O assaltante punk que fugiu para Lisboa

André Rito
André Rito 18 de fevereiro de 2020 às 07:00

Era o líder de uma das principais referências do punk dos anos 80. Participou no assalto a um banco que rendeu 2 milhões e escondeu-se em Portugal, onde abriu a Torpedo, uma loja de música que se tornou um local de culto.

A loja ficava no primeiro andar do antigo centro comercial do Rossio. Espaço de culto da geração mais alternativa de Lisboa, atrás do balcão costumava estar um casal insuspeito, estrangeiro, a atender clientes que procuravam raridades da música independente, dopunke dorock anti-mainstream. Ninguém conhecia a verdadeira identidade do proprietário: Gilles Bertin, assim se chamava o dono da Torpedo, tinha sido vocalista dos Camera Silens, uma banda punk de referência em França. Viveria incógnito durante 10 anos em Portugal, procurado por um assalto a um banco francês, onde entrou de metralhadora e saiu com 2 milhões de euros. Sem disparar um tiro.

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