Kamila Grabska exigia uma indemnização de 750 mil euros a uma seguradora por lesões sofridas num acidente. Tribunal encerrou o caso com base numa fotografia de 2018.
Kamila Grabska, 36 anos, processou uma seguradora na sequência de um acidente de viação que alegadamente a deixou impedida de de trabalhar por um período de cinco anos. Grabska terá sofrido ferimentos nas costas e na região do pescoço decorrentes de um embate na traseira do veículo, em 2017, o que resultou na condição "incapacitante".
Árvore de NatalClodagh Kilcoyne/Reuters
O processo, que previa uma indemnização no valor de 650 mil libras à queixosa – aproximadamente 750 mil euros – acabou no entanto por ser rejeitado pelo tribunal de Limerick, na Irlanda, depois de ter surgido na comunicação social uma fotografia de 2018 de Kamila Grabska a participar num concurso de arremesso de árvores para um evento de caridade.
"É uma árvore de Natal natural e de grandes dimensões, que está a ser lançada sendo num movimento muito ágil", disse a magistrada, citada pelo The Irish Independent. "Receio não poder deixar de concluir que as afirmações [da queixosa] foram totalmente exageradas. Com base nisso, proponho indeferir a reclamação." Segundo os registos do concurso, do qual foi vencedora, a árvore em causa era um abeto de 150 cm.
O tribunal também já havia sido informado de que Kamila Grabska, casada, mãe de dois filhos e residente em Ennis, em Co Clare – região do centro oeste irlandês – havia procurado apoio médico dias após vencer o concurso de lançamento de árvores. Nessa altura, a queixosa alegou ser incapaz de levantar um saco pesado sem sentir uma dor aguda.
Além da fotografia, foi também apresentado ao tribunal um vídeo de Grabska a treinar o seu cão num parque público por um período superior a meia hora.
Na reivindicação legal contra a seguradora, a mulher procurava compensação pela perda de ganhos passados e futuros, justificando que "às vezes não conseguia sair da cama até ao meio dia". Grabska disse também que era o marido quem estava responsável por lhe trazer a medicação necessária em virtude das suas dificuldades.
Kamila Grabska, que na sequência do acidente de 2017 deixou o emprego e passou a receber uma pensão de invalidez, negou ter fingido os ferimentos e disse ao tribunal que estava "a tentar viver uma vida normal" e que ainda sentia dores, apesar de parecer feliz na fotografia.
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