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José Mário Branco: uma vida feita só de inquietação

Lucília Galha , Raquel Lito , Diogo Barreto 22 de novembro de 2019 às 17:48

Aos 4 anos já chorava ao ouvir violino; aos 17 trabalhou numa rádio; aos 29 gravou o primeiro álbum e percorreu o País a cantar em cima de carros de bois. Mas a carreira de José Mário Branco não se resumia às canções.

A paixão pela música esteve desde o início. Começou pelo piano, por influência do pai e porque havia em Leça da Palmeira uma família cuja filha dava lições, mas aquilo que queria mesmo aprender era o violino. Tanto que, com apenas 4 anos, Zé Mário chegava a chorar agarrado ao rádio quando ouvia o violoncelista italiano Luigi Boccherini. Já nessa altura dizia aos pais: "Eu quero tocar ito." A família vivia com limitações, os pais eram influentes (pela profissão que tinham como professores) mas mal pagos, e era então caro aprender aquele instrumento. Só no liceu, e com o patrocínio do padrinho conseguiria concretizar esse sonho. "Ele ofereceu-se para me pagar lições no conservatório e deu-me um violino", contou numa entrevista à revista Grande Reportagem em junho de 1994.

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