Ocupas terão sido ameaçados pela empresa proprietária. Na urbanização de luxo serão agora instaladas câmaras de vigilância e asseguradas medidas de segurança.
A vida na vivenda com piscina, vista para o mar, três casas de banho e quatro quartos, não durou muito tempo para María Iguazo.A famosa invasora, conhecida como "Beyoncé de Menorca", e a sua família, deixaram a casa de luxo, que ocupavam desde 19 de maio, depois de terem sido ameaçados, pela empresa proprietária, que colocariam o assunto nas mão da Desokupa – uma empresa que recupera vivendas ocupadas.
O momento em que a família abandonou a casa foi testemunhado por vários jornalistas, incluindo um repórter do canal de televisão espanhol Antena 3. Foram assim avistados dois carros a transportar os pertences da família, que na quarta-feira procederam à desocupação da vivenda.
Segundo o jornalEl País, os pertences podem agora estar a ser levados para outro imóvel ocupado. Conforme já havia sido noticiado pela imprensa espanhola, a família não ocupava apenas uma, mas várias casas em Espanha, sendo a de Menorca utilizada apenas aos fins-de-semana.
Sabe-se que na mesma urbanização foram ainda despejadas outras três habitações. De acordo com oMenorca - Es diari, serão instaladas câmaras de vigilância e outras medidas de segurança para que esta situação, que é bastante comum em Espanha, não se repita.
Em Espanha a ocupação ilegal de casas continua a ser um problema, e isto deve-se à facilidade com que a máfia negocia milhares de apartamentos vazios. María Iguazo é assim apenas uma das várias pessoas que tem por hábito ocupar imóveis desocupados, mas que nunca foi punida por tal.
A mulher atraiu a atenção mediática em meados de maio, quando decidiu partilhar nas redes sociais um vídeo onde exibia uma casa de luxo, que havia ocupado. Localizada em Coves Noves, na ilha espanhola de Menorca, e com 800 metros quadrados, o seu valor ascendia os €650 mil.
"Hoje vou vos mostrar a vivenda que abri, uma vivenda nova. Tenho três casas de banho, quatro quartos, uma piscina, vista para o mar, carpetes e tudo mais. Eu mereço", disse na altura num vídeo publicado no TikTok.
A mulher chegou a justificar a ocupação ilegal do imóvel, numa entrevista a um programa de televisão espanhol, intitulado de TardeAR. Numa chamada com a apresentadora Ana Rosa Quintana, garantiu que a "mudança" se devia aos seus cinco filhos.
"Passei por muito e não quero que os meus cinco filhos vivam nesse ambiente", disse, ao sublinhar que anteriormente vivia numa zona de "muitos conflitos" e que agora não tem dinheiro para pagar uma renda, já que estão demasiado caras.
Como se não bastasse, o facto de ter ocupado ilegalmente vários imóveis – o que gerou uma onda de críticas nas redes sociais -, a mulher foi aindadetida enquanto conduzia um BMW.
Não tinha carta de condução e estava sob o efeito de drogas. Segundo oEl País, quando mandada parar pelas autoridades locais, tentou fornecer uma identidade falsa para evitar acusações. Contudo, a ideia não lhe correu como esperado, e teve que enfrentar quatro sanções de trânsito.
"Espetacular a Espanha onde realmente vivemos ", lamentou um utilizador no X. "Não sei como é que nós, que nos levantamos para trabalhar e pagamos impostos, ainda cá estamos. Esta gentinha não arrisca nada, não lhes tiram a casa nem perderão o emprego."
O Serviço de Família de Maiorca, cujas suas principais atribuições são a cooperação jurídica e a assistência económica e técnica aos municípios da ilha, entretanto já terá dado início aos protocolos, que são normais nestes casos, para verificar se os cinco filhos do casal viviam num ambiente seguro e adequado para eles, mas segundo o El País, estas ações poderão afetar agora fortemente os €1.500 que a ocupa recebe mensalmente do estado.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
O medo, a extrema-direita e as alterações climáticas marcam a entrevista a José Gil, um documento único nesta edição da SÁBADO.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
