"Foi um momento muito bonito", confidenciou Marcelo Rebelo de Sousa no final da visita ao Vaticano. Papa Francisco recordou que a missão dos políticos é construir a paz
Recebido pelo prefeito da Casa Pontifício, D. Georg Gaenswein, e por 12 elementos da Guarda Suíça, faltavam poucos minutos para as 10h00 (mais uma hora do que em Portugal continental) quando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou ao Vaticano para uma audiência com o Papa. Subiu, então, ao terceiro andar, num percurso em que passou por diversos tectos com frescos do pintor renascentista Rafael, e às 10h06 foi recebido por Francisco com um "bem-vindo": de seguida, entraram ambos no gabinete do Papa, onde se sentaram à secretária para conversarem.
Eram 10h32 quando as portas se voltaram a abrir e os jornalistas puderam entrar e testemunhar os cumprimentos entre o Chefe de Estado da Igreja Católica e a restante comitiva do homólogo português, que nas várias visitas que fez durante as cerimónias da tomada de posse foi apelidado de "Papa Francisco português".
A audiência terminou quando o Presidente da República ofereceu ao Papa um conjunto de seis casulas, desenhado pelo arquitecto português Álvaro Siza Vieira - paramentos religiosos de cores diferentes, adequados aos diferentes tempos litúrgicos, em verde, roxo, azul, vermelho, branco e rosa. Marcelo Rebelo de Sousa ofereceu ainda, proveniente da sua colecção particular, um registo de Santo António.
O Papa ofereceu os presentes reservados aos chefes de Estado, que consistiram, neste caso, em versões portuguesas da encíclica Louvado sejas e a exortação apostólica Alegria do Evangelho, os dois grandes documentos do pontificado de Francisco. O Papa ofereceu igualmente a Marcelo Rebelo de Sousa um medalhão do seu pontificado, que tem dois ramos de oliveira entrelaçados. Falando em espanhol, o chefe da Igreja Católica explicou que a oliveira é o sinal da paz e "a missão dos políticos é construir a paz".
Ao jornalistas, já no final da visita, Marcelo revelou ter vivido um "momento muito bonito". O Presidente da República revelou, ainda, que insistiu no convite formal para que o Papa estenda a visita a Portugal que já está programada para 2017, ano do centenário das aparições de Fátima. A questão dos refugiados foi outro dos temas debatidos.
Após a audiência papal, Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido pelo cardeal Secretário de Estado do Vaticano, equivalente a um primeiro-ministro, Pietro Parolin. Depois, visitou de forma rápida a Basílica de São Pedro, onde se ajoelhou diante do túmulo de João Paulo II e rezou.
O dia de Marcelo termina em Madrid, onde janta com o Rei Filipe VI, para agradecer a presença do Chefe de Estado espanhol na sua tomada de posse.
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