Unity Mitford vinha de uma família aristrocrática britânica e era fascinada pelo líder nazi e pela sua propaganda anti-semita.
Historiadores britânicos acreditam terem sido encontrados os diários da socialite anti-semita britânica Unity Mitford, que manteve uma relação pessoal bastante próxima com o líder da Alemanha nazi, Adolf Hitler. De acordo com o jornal britânico The Daily Mail, os diários dão conta de 139 encontros entre Unity e Hitler, entre 1935 e 1939.
Unity era uma das seis irmãs Mitford, seis irmãs que causavam escândalos no Reino Unido na década de 1930. Uma espécie de Kardashians a primeira metade do século XX. Em 2007, um jornalista britânico escreveu sobre as seis irmãs: "[Havia a] Diana, a fascista; Jéssica, a comunista; Unity, a amante de Hitler; Nancy, a romancista; Deborah, a duquesa; e Pamela, a especialista em galinhas poedeiras". Unity, também conhecida por "Bobo", nasceu em 1914, o ano em que espoletou a Grande Guerra.
Os diários foram encontrados pelo Daily Mail e vários historiadores atestam que parecem os verdadeiros (no passado o Sunday Times tinha publicado o que se acreditavam ser os diários, mas que depois se percebeu serem falsos).
Nas entradas, Unity refere-se sempre a Hitler como "o Führer" e nunca pelo nome e descreve-o como sendo "doce e alegre". Ao longo das várias páginas vai fazendo anotações sobre encontros que manteve com Hitler, incluindo o início do seu fascínio com o líder do partido nazi e como, em 1934, se mudou para Munique para estar mais perto do austríaco.
Bettmann/Getty
Nationaal Archief, Public domain, via Wikimedia Commons
Em fevereiro de 1935 lê-se numa entrada que Unity teve o dia mais feliz da sua vida quando Hitler a convidou a sentar-se na mesma mesa que ele na Osteria Bavária, em Munique. "Almoço no Osteria. 2h30. O Führer entra às 3h15, depois de ter terminado o meu almoço. Dez minutos depois manda Wirt [o dono] convidar-me para a sua mesa. Eu vou e sento-me junto a ele enquanto ele almoça e conversamos. O dia mais maravilhoso da minha vida", escreveu Unity.
Depois deste encontro Unity começou a entrar no círculo pessoal do líder nazi. A sua presença terá, inclusive, provocado ciúmes a Eva Braun, a companheira oficial de Hitler.
A última entrada no diário foi feita a 1 de setembro de 1939, dia em que a Alemanha invadiu a Polónia. Dois dias depois o Reino Unido declarou guerra à Alemanha. Pouco depois Unity tentou suicidar-se, mas falhou, mas deixou-a com danos permanentes, com a bala alojada no seu crânio. Morreu em 1948, no Reino Unido, com 33 anos.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A Cimeira do Alasca retirou dúvidas a quem ainda as pudesse ter: Trump não tem dimensão para travar a agressão de Putin na Ucrânia. Possivelmente, também não tem vontade. Mas sobretudo, não tem capacidade.
No Estado do Minnesota, nos EUA, na última semana, mais um ataque civil a civis — desta vez à escola católica Annunciation, em Minneapolis, durante a missa da manhã, no dia de regresso às aulas.
O famoso caso do “cartel da banca” morreu, como esperado, com a prescrição. Foi uma vitória tremenda da mais cara litigância de desgaste. A perda é coletiva.