Sábado – Pense por si

"Em Portugal, a saúde mental é como a saúde oral: é para ricos"

Vanda Marques
Vanda Marques 13 de setembro de 2020 às 08:00

Joana Amaral Dias tanto escreve sobre psicopatas como políticos. Desta vez recorda as cheias de 1967,a pior catástrofe na zona de Lisboa, desde o sismo de 1755, abafadas pelo regime de Salazar

Joana Amaral Dias, psicóloga, comentadora, ex-deputada do Bloco de Esquerda [2002-2005], decidiu escrever o primeiro livro sobre as cheias de 1967. Em Dilúvio Sem Deus relata o pânico das pessoas que foram acordadas por ondas de lama que lhes levaram as casas e a reação do Estado Novo, que abafou o caso. Salazar ordenou até que se parasse a contagem dos mortos quando se chegasse aos 400. Estima-se que tenham sido cerca de mil.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.