Terão sido criadas há 57 mil anos. A gruta, onde foram estudados oito painéis, situa-se no Vale do Loire, em França.
Na gruta de La Roche-Cotard, no Vale do Loire, França, foram encontradas gravuras rupestres, como linhas onduladas e pontos, com mais de 57 mil anos, segundo um artigo científico agora publicado. Os cientistas garantem que estas marcas foram deixadas por Neandertais, e podem ser as mais antigas no mundo da autoria da espécie. Algumas ferramentas e ossadas também fizeram parte das novas descobertas.
"Há fortes evidências de que as marcas feitas, com os dedos, pertençam a Neandertais, já que a gruta se encontrava inacessível" a outras espécies que a eles se seguiram, revelou Paul Pettit, professor de arqueologia paleolítica na Universidade de Durham, ao jornal britânico The Guardian.
A gruta foi descoberta em 1846, através de trabalhos de exploração de pedreiras. Em 1912, foram realizadas escavações nas quais foram encontrados ossos de animais, e ferramentas em pedra construídas por Neandertais do local. Em 1970 e em 2008, foram feitas investigações mais extensas. Foram detetadas marcas em ossos de há 40 mil ou 50 mil anos.
Atualmente, a gruta tem quatro câmaras principais. Acredita-se que os Neandertais viveram na primeira junto à entrada, apesar das gravuras terem sido encontradas na terceira câmara. Quase todas as marcas parecem ter sido feitas por um arrastar de dedos, ou através de um pressionar. À altura a que se encontram, só podem ter sido feitas por adultos, ou adolescentes altos.
De acordo com o estudo publicado na revista científica Plos One, as gravuras estão agrupadas em oito painéis. Num deles, é possível observar-se linhas curvas. Noutros, existem dezenas de pontos, riscas paralelas e uma marca semelhante a um leque.
Segundo Paul Pettit, este caso revela que "as marcas animais e humanas feitas nas paredes foram deixadas muito antes da chegada da nossa própria espécie à Europa".
Os Neandertais ocuparam a Europa muito antes doshomo sapiens, que viveram há cerca de 42 mil anos. "É importante conhecer estes antigos trilhos do Neandertal, porque fazem parte do passado do nosso território e da nossa história", disse Jean-Claude Marquet, arqueólogo da Universidade de Tours, citado pelo jornalThe Guardian. "Nunca saberemos o que significam. Não somos Neandertais, mesmo que tenhamos 2 a 4% dos seus genes."
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