Os mistérios da vida e da morte de Vasco da Gama
Pertencia à baixa nobreza, não era piloto, mas um líder nato. Violento – foi responsável por ordenar o massacre de um navio com mulheres e crianças –, ameaçou D. Manuel I de que trocaria o País por Espanha se não o tornassem conde. Conseguiu. Viajou três vezes para a Índia e permitiu que Portugal comercializasse diretamente com o Oriente – é considerado o precursor da globalização. Morreu em Cochim, mas o seu último pedido foi regressar a Portugal.
Nos 500 anos da morte de Vasco da Gama, que se assinalam no dia 24 de dezembro, recordamos a vida deste descobridor. Pertencia a uma ordem militar religiosa e antes de descobrir o caminho marítimo para a Índia, cumpriu algumas missões para o rei, provando ser corajoso. Vasco da Gama era um líder nato e autoritário.
Um típico capitão do mar que torturava para obter respostas, saqueava e matava, mas que também sabia conquistar aliados. Fiel à sua missão, recorria muitas vezes à "diplomacia da violência".
Vasco da Gama era “formidável na sua cólera”
O navio do tio de Vasco da Gama, Vicente Sodré, afundou-se em 1503 - fazia parte da segunda armada do navegador que foi até à Índia com outros obejctivos. A Nau Esmeralda foi descoberta em 1998 mas só terminaram o seu estudo em 2016. Falámos com David L. Mearns, responsável pela escavação.
De pequeno fidalgo passou a almirante, com lugar no Conselho do Rei. Conseguiu o título de conde – com toda a riqueza que incluía. Nenhum navegador teve tamanha ascensão social.
Vasco da Gama: O intocável que chegou a vice-rei
Edições do Dia
Boas leituras!