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Os mistérios da vida e da morte de Vasco da Gama

Vanda Marques 11 de dezembro de 2024 às 23:00

Pertencia à baixa nobreza, não era piloto, mas um líder nato. Violento – foi responsável por ordenar o massacre de um navio com mulheres e crianças –, ameaçou D. Manuel I de que trocaria o País por Espanha se não o tornassem conde. Conseguiu. Viajou três vezes para a Índia e permitiu que Portugal comercializasse diretamente com o Oriente – é considerado o precursor da globalização. Morreu em Cochim, mas o seu último pedido foi regressar a Portugal.

Nos 500 anos da morte de Vasco da Gama, que se assinalam no dia 24 de dezembro, recordamos a vida deste descobridor. Pertencia a uma ordem militar religiosa e antes de descobrir o caminho marítimo para a Índia, cumpriu algumas missões para o rei, provando ser corajoso. Vasco da Gama era um líder nato e autoritário.

Um típico capitão do mar que torturava para obter respostas, saqueava e matava, mas que também sabia conquistar aliados. Fiel à sua missão, recorria muitas vezes à "diplomacia da violência".

O navio do tio de Vasco da Gama, Vicente Sodré, afundou-se em 1503 - fazia parte da segunda armada do navegador que foi até à Índia com outros obejctivos. A Nau Esmeralda foi descoberta em 1998 mas só terminaram o seu estudo em 2016. Falámos com David L. Mearns, responsável pela escavação.

De pequeno fidalgo passou a almirante, com lugar no Conselho do Rei. Conseguiu o título de conde – com toda a riqueza que incluía. Nenhum navegador teve tamanha ascensão social. 

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