O treinador tinha contrato até 2026. O próximo jogo dos azuis e brancos é contra o Olympiakos, na próxima quinta-feira.
O FC Porto anunciou este domingo o despedimento do seu treinador, Vítor Bruno. Num curto comunicado colocado no site do clube, os dragões revelam o despedimento do treinador, que não resistiu aos maus resultados. Despedimento ocorreu na sequência de uma derrota contra o Gil Vicente.
PAULO NOVAIS/LUSA
"A FC Porto - Futebol, SAD informa que iniciou negociações com o treinador Vítor Bruno para a cessação, com efeitos imediatos, do contrato de trabalho desportivo que vigorava desde o início da presente época", lê-se em comunicado publicado no site do clube.
O anúncio aconteceu numa altura em que o técnico conimbricense, de 42 anos, estava reunido de emergência com todo o plantel, o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, e outros elementos da SAD, no Estádio do Dragão, no Porto, já depois do regresso da comitiva de Barcelos, onde os 'dragões' perderam com o Gil Vicente no domingo, no arranque da segunda volta do campeonato.
Promovido em junho de 2024 como sucessor de Sérgio Conceição, com quem trabalhou nos últimos 12 anos, mas teve uma rutura laboral ao fim de sete temporadas no FC Porto, Vítor Bruno não resistiu à segunda sequência de três derrotas nas diversas competições em 2024/25.
O segundo desaire consecutivo na I Liga implicou a descida ao terceiro lugar, com 40 pontos, quatro abaixo do líder isolado e campeão nacional Sporting e a um do Benfica, segundo classificado.
Já na fase de liga da Liga Europa, os 'dragões' seguem na 18.ª posição, de qualificação para o play-off, após oito pontos em seis de oito jornadas, a três das oito vagas de acesso direto aos oitavos de final.
A época até tinha começado com uma reviravolta vitoriosa sobre o Sporting na Supertaça Cândido de Oliveira (4-3, após prolongamento), em Aveiro, onde o FC Porto reverteu três golos de desvantagem e Vítor Bruno logrou um troféu na estreia absoluta como técnico principal.
As campanhas irregulares no campeonato e na Liga Europa viriam a intercalar-se com os afastamentos na Taça de Portugal, prova conquistada pelos 'dragões' nas últimas três épocas, após a derrota com reviravolta na visita ao Moreirense (1-2), da quarta eliminatória, e nas 'meias' da Taça da Liga, graças ao desaire perante o Sporting (0-1), em Leiria.
Primeira aposta técnica da direção presidida por André Villas-Boas, Vítor Bruno sai com 19 vitórias, três empates e oito derrotas, em 29 partidas à frente do FC Porto, no qual já trabalhava desde 2017/18 e coadjuvou até à época passada Sérgio Conceição, antes de ter assumido de forma polémica a sucessão do atual treinador dos italianos do AC Milan.
Antes, essa dupla passou por Olhanense (2012/13), Académica (2013/14), Sporting de Braga (2014/15), Vitória de Guimarães (2015/16) e os franceses do Nantes (2016/17).
A estreia de Vítor Bruno nas funções de adjunto tinha acontecido em 2009, nos angolanos do 1.º de Agosto, acompanhado pelo seu pai, Vítor Manuel - cujo currículo apresenta 511 partidas como treinador principal na I Liga, de 1984 a 2002 -, seguindo-se experiências junto de Augusto Inácio na já extinta Naval 1.º de Maio (2009/10) e no Leixões (2010/11).
O FC Porto volta a atuar na quinta-feira, ao receber a partir das 17:45 o Olympiacos, líder isolado do campeonato grego e detentor do troféu da Liga Conferência, no Estádio do Dragão, em encontro da sétima e penúltima jornada da fase de liga da Liga Europa.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.