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Venezuelanos sem cerveja por falta de matéria-prima

23 de julho de 2015 às 20:48
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A falta de matéria-prima afecta já um terço do país com a falta da popular bebida. A Federação Venezuelana de Licores já pediu uma audiência com o Presidente Nicolás Maduro para encontrar uma solução para o problema

A Federação Venezuelana de Licores (FVL) pediu hoje uma reunião ao Presidente Nicolás Maduro para se encontrar uma solução para a falta de cerveja, salientando que sete dos 24 estados do país já estão em falta com aquela bebida.

"Ficámos sem cerveja, aumentaram os impostos e reduziram os lucros. Isto para o nosso setor é um fecho total e uma crise fatal (...) Há sete Estados que já não recebem cerveja devido à crise", explicou aos jornalistas o secretário-geral da FVL.

Fray Roa mostrou-se preocupado porque o setor desconhece como poderá responder à procura de cerveja para os próximos meses, incluindo o Natal, e porque "400 mil empregos fixos diretos e um milhão de empregos indiretos" estão em risco.

"Só o diálogo com o Presidente (da República, Nicolás Maduro) e o Vice-Presidente (Jorge Arreaza) pode solucionar este problema. A partir do dia 3 do próximo mês (Agosto) muitas empresas vão encerrar", alertou.

Segundo a consultora Bonial, a Venezuela está em 8.º lugar entre os dez países com maior consumo de cerveja do mundo.

Cada venezuelano consome anualmente 85,5 litros, sendo o único país da América Latina que está na lista dos dez primeiros de consumidores de cerveja.

O consumo mundial de cerveja é liderado pela República Checa (148,5 litros por pessoa), seguindo-se a Áustria (107,80 litros) e a Alemanha (106,1 litros).

No 4.º lugar está a Estónia, seguida pela Polónia, Irlanda e Croácia.

Fontes não oficiais dão conta que o sector produtor da cerveja deve mais de 217 milhões de dólares (197 milhões de euros) a fornecedores internacionais.

Desde 2003 que vigora na Venezuela um sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país e obriga os empresários a pedir às autoridades para ter acesso a dólares para pagar as importações.

Os empresários queixam-se de dificuldades e atrasos na entrega dos recursos necessários para cumprir os compromissos internacionais, apesar de terem sido autorizados.

Fontes do sector dizem que mesmo que os empresários cheguem a um acordo com o executivo seriam necessários mais de dois meses para que a matéria-prima usada na produção de cerveja chegue ao país.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.