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Venezuelanos deixam de trabalhar às sextas-feiras para poupar energia

07 de abril de 2016 às 10:43
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Os funcionários públicos não vão trabalhar às sextas-feiras durante dois meses para reduzir o consumo de electricidade e água no país, afectado por uma seca

O Presidente Nicolás Maduro anunciou o decreto ontem à noite. "Amanhã deve sair na Gazeta Oficial, o decreto especial estabelecendo todos os dias de sexta-feira, como dias não laboráveis a partir de sexta-feira desta mesma semana, durante Abril e Maio", disse durante um programa na televisão pública venezuelana.

Segundo explicou, o decreto estabelece também que os centros comerciais e hotéis têm que passar a gerar nove horas diárias de electricidade usando fontes próprias, em vez das actuais quatro a que são obrigados desde há várias semanas.

"Peço a máxima colaboração de todo o país. Faço um apelo ao país para que assuma este plano de 60 dias, para poder superar o momento mais difícil, de maior risco", disse.

Segundo Nicolás Maduro, a barragem de El Guri, que garante 63% da energia eléctrica do país, deve funcionar com um nível de água entre os 260 e 271 metros, mas esta quarta-feira chegou aos 243 metros, aproximando-se do "extremo de 240 metros".

A 12 de Março, o Presidente da Venezuela ordenou a suspensão do trabalho, durante oito dias, para reduzir o consumo de electricidade e água. "Tomei a decisão e declarar toda a Semana Santa, desde o sábado, 19 de Março, até ao domingo de ressurreição, 27 de Março, como dias feriados não laboráveis para todos os trabalhadores públicos do país e para toda a educação nacional, para todos os estudantes de liceus e universidades", disse no final de uma marcha de apoio ao seu regime, em Caracas.