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Vaticano reabre investigação ao desaparecimento misterioso de jovem em 1983

Lusa 09 de janeiro de 2023 às 22:00
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Emanuela Orlandi, filha de um funcionário leigo da Santa Sé, desapareceu a 22 de junho de 1983, depois de ter saído de casa da sua família no Vaticano para ir para a uma aula na escola de música que frequentava em Roma.

O Vaticano indicou esta segunda-feira que reabriu a investigação ao desaparecimento de uma jovem de 15 anos e filha de um funcionário do Vaticano em 1983, meses depois de um novo documentário da Netflix lançar novas suspeitas.

FILIPPO MONTEFORTE/AFP/GettyImages

A reabertura da investigação ao desaparecimento de Emanuela Orlandi surge também semanas depois da família da jovem ter pedido ao parlamento italiano para assumir as culpas.

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, precisou que o procurador do Vaticano, Alessandro Diddi, abriu um processo ao desaparecimento de Emanuela Orlandi tendo por base "os pedidos feitos pela família em vários locais".

A advogada da família Orlandi, Laura Sgro, disse que não tinha confirmação oficial e relembrou que o último registo do Vaticano sobre o caso ocorreu em 2019.

Emanuela Orlandi, filha de um funcionário leigo da Santa Sé, desapareceu a 22 de junho de 1983, depois de ter saído de casa da sua família no Vaticano para ir para a uma aula na escola de música que frequentava em Roma.

Desde então várias têm sido as histórias avançadas para explicar o desaparecimento de Emanuela Orlandi, incluindo teorias envolvendo tráfico sexual ou chantagens contra o então Papa, João Paulo II.

Uma nova teoria surgiu com o documentário da Netflix intitulado "Vatican Girl: The Disappearance of Emanuela Orlandi", que estreou em outubro, em que uma amiga de infância de Emanuela conta que, dias antes do desaparecimento, a adolescente foi abusada sexualmente dentro do Vaticano por "alguém próximo do Papa".

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