Utente da unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste teve que ir para Leiria. Situação motivou reclamação ao hospital, que diz não ter condições para o exame.
Uma utente da unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), no distrito de Lisboa, reclamou por ter percorrido hoje 110 quilómetros até Leiria para realizar uma cintigrafia miocárdica pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Como é possível a marcação de um exame médico a uma distância de 110 quilómetros (Leiria), quando anteriormente esse mesmo exame, marcado de igual modo pelo hospital, ficava a uma distância de 44 quilómetros (Lisboa)", questionou à agência Lusa Ana Teodoro, filha da utente de 76 anos, com 86% de incapacidade e residente na Aboboreira, no concelho de Mafra.
Numa reclamação enviada ao CHO, cuja receção foi confirmada pela instituição e a que a Lusa teve acesso, as duas cidadãs mostram a sua "indignação" pela distância a que foram sujeitas para fazer o exame ao coração prescrito pelo cardiologista.
Questionado pela Lusa, o CHO esclareceu que, como não tem capacidade para realizar o exame e não existe referenciação para exames de medicina nuclear no SNS, tem de pedir aos privados o exame, mediante concurso público lançado.
Entre os critérios de adjudicação, está o custo mais baixo não só do exame, como também do valor dos quilómetros percorridos entre as unidades hospitalares do CHO e o local do exame.
A empresa vencedora, Diaton, que trabalha no Hospital de Leiria, foi o "candidato mais bem pontuado" pelo preço inferior apresentado" para o exame e por ter "conseguido compensar a diferença do valor dos quilómetros face aos restantes candidatos (mais próximos, mas mais caros)", justificou a instituição hospitalar.
Na reclamação, a utente questionou sobre a existência de meios de transporte e sobre os gastos que os doentes têm de "desembolsar para se deslocar 110 quilómetros".
O CHO respondeu que, "no caso dos utentes com critérios de insuficiência económica e clínica, nos termos legais, o CHO assegura os encargos com o transporte desses utentes para a realização do exame".
Contudo, Ana Teodoro alegou que telefonou diversas vezes para o CHO a pedir uma guia de transporte, mas não conseguiu respostas à distância.
O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e de Peniche e detém uma área de influência constituída pelas populações daqueles três concelhos, Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã, e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).
Utente obrigada a fazer 110 quilómetros para fazer exame ao coração pelo SNS
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro
Montenegro e Rangel ignoram, de forma conveniente, que o dever primordial de qualquer Estado democrático é proteger a vida e a integridade física dos seus cidadãos
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno