Já em junho de 2022, a IGAS investigou as circunstâncias relacionadas com a assistência de uma grávida em trabalho de parto na urgência de Caldas da Rainha.
Inúmeros assessores dos gabinetes dos ministros, além de ex-deputados e autarcas, foram nomeados administradores dos principais centros hospitalares do país. Nova ministra da Saúde (PSD) fala em “lideranças fracas”.
Nos meses de julho a novembro o INEM orientou 111 grávidas para hospitais privados (convencionados) da região LVT, menos de uma grávida por dia.
Fernando Araújo, diretor executivo do SNS, afirmou que "foi um processo complexo em função das férias dos profissionais e em função de muitos outros problemas que aconteceram durante este período".
Os médicos estão "esgotados". Em julho realizaram-se no CHL 242 partos e 1.476 admissões, uma escalada face a junho, aponta o sindicato.
As urgências pediátricas de três hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo vão passar a estar fechadas entre as 21h e as 9h. Os restantes 11 ficam abertos 24 horas.
Ministério reitera a importância de os utentes contactarem previamente o SNS 24 e, em situações de emergência o 112, antes de recorrerem às unidades de saúde.
Instituição esclarece que está a "funcionar em total normalidade", estando as funções a serem assumidas, de forma temporária pelo vogal executivo do conselho de administração.
A 9 de junho, uma mulher deu entrada nas urgências de obstetrícia quando estas estavam encerradas. Atraso no atendimento levou à morte do bebé.
Números quintuplicaram desde novembro de 2021. Ordem diz estar em causa "a degradação dos serviços" que se reflete na "qualidade e segurança dos cuidados prestados".
A lei não obriga os hospitais a divulgar os contratos de prestação de serviços, nem as instituições precisam do aval do Ministério das Finanças. Pouco se sabe sobre este mercado.
A procuradoria acrescentou que, até ao momento, a família não apresentou queixa.
Os problemas de falta de médicos para assegurar as escalas de urgência estendem-se a outros hospitais do país, nomeadamente da região de Lisboa e Vale do Tejo.
O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste confirmou, em comunicado, que, no passado dia 8 de junho, a urgência obstétrica do hospital das Caldas da Rainha teve constrangimentos no preenchimento da escala médica, o que determinou o encerramento da urgência ao CODU/INEM, após a definição de circuitos de referenciação de doentes com outros hospitais.
Uma interna de Medicina Geral de Familiar criou um projeto de assistência médica humanitária para refugiados. Todos, não só ucranianos. A ideia é ser uma porta de entrada para o Serviço Nacional de Saúde e possibilitar a estas pessoas uma primeira consulta de cuidados de saúde primários. O projeto chama-se Medical Refuge.
"Os utentes pouco urgentes são encaminhados para atendimento nos centros de saúde, de acordo com os horários afixados", explica o centro hospitalar.
