James Comey, o director do FBI, assegurou hoje que não está em posse de informações que apoiem as acusações de Trump contra Obama
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não pretende retirar a acusação sobre uma alegada operação de espionagem às suas comunicações ordenada pelo antecessor na Casa Branca, Barack Obama, nem desculpar-se, disse hoje o porta-voz oficial.
As declarações de Sean Spicer na conferência de imprensa diária foram emitidas apesar de o director do Gabinete Federal de Investigação (FBI), James Comey, ter assegurado hoje numa audiência no Congresso não possuir informações que apoiem as acusações de Trump contra Obama.
Trump emitiu a sua acusação contra Obama em 4 de Março através da rede social Twitter, mas ainda não foram apresentadas quaisquer provas para sustentar a alegação.
"Não tenho informações que apoiem esses 'tweets'", disse hoje Comey na primeira audiência pública no Congresso sobre a suposta ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de Novembro passado, numa alusão às mensagens de Trump no Twitter acusando Obama de ter ordenado que as suas comunicações fossem vigiadas.
"Nenhum indivíduo nos Estados Unidos pode ordenar a vigilância eletrónica do nada, tem de passar por um processo de solicitação", explicou o director do FBI, que acrescentou também não existirem provas consistentes no Ministério da Justiça que possam sustentar as acusações de Trump.
Ao afirmar que Trump não pensa retirar a sua acusação, Spicer indicou que existem "muitas coisas" que não foram abordadas na audiência de hoje e que a investigação ainda está na sua "fase inicial".
Segundo Trump, Obama ordenou que fossem interceptadas as comunicações da "Trump Tower" em Nova Iorque, onde o magnata vivia e trabalhava durante a campanha eleitoral, e comparou a sua denúncia ao escândalo do Watergate que em 1974 pôs termo à presidência de Richard Nixon.
Apesar de Obama ter negado perentoriamente as acusações através de um porta-voz, Trump manteve-se firme na passada sexta-feira durante uma conferência de imprensa na Casa Branca com a chanceler alemã Angela Merkel, quando disse que ambos tinham "algo em comum": terem sido espiados por ordem do ex-Presidente.
O comentário de Trump fez referência à revelação, em 2013, que um telemóvel de Merkel foi mantido sob escuta pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos entre 2002 e 2012, um período que inclui parte da Presidência de George W. Bush e parte do mandato de Obama.
Trump não pretende retirar acusação de espionagem contra Obama
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