O governo tailandês permitiu que a substância fosse produzida, vendida e consumida em produtos alimentares e bebidas, como doces ou infusões.
A Tailândia tornou-se, esta quinta-feira, no primeiro país asiático a retirar a canábis da lista de substâncias proibídas. Ainda assim fumar em público continua a ser proibido e quem o fizer está sujeito a pena de prisão de três meses e uma multa de 25 mil bahts (674 euros).
Ainda assim, o governo tailandês permitiu que a cannabis fosse produzida, vendida e consumida em produtos alimentares e bebidas, como doces ou infusões.
Esta medida tem como objetivo impulsionar o sector da agricultura e do turismo, uma vez que o governo acredita que a planta pode ser vista como um "rendimento". Para incentivar o cultivo, as autoridades vão doar mais de um milhão de plantas aos agricultores que, para poderem produzir, só têm de se registar numa plataforma do governo, o PlookGanja. De acordo com Paisan Dankhum, ministro da saúde da Tailândia, só no primeiro dia registaram-se mais de 100 mil inscritos.
Quando ao comércio parece estar a dar resultados. No primeiro dia em que as lojas estiveram abertas registaram-se longas filas de pessoas que foram à procura deste tipo de produtos. Chokwan Kitty Chopaka, o dono de uma loja, disse à Reutersque "depois da covid-19 a economia estava a ir por água a baixo" pelo que esta medida era "essencial".
A Tailândia tinha já a tradição de usar canábis para aliviar dores e a fadiga e, em 2018, a marijuana para fins medicinais foi legalizada.
Ainda assim as autoridades querem controlar possíveis explosões do uso da droga para fins recreativos, pelo que mantém algumas restrições, sendo que não é permitida a posse e venda de extratos de canábis que contenham mais de 0.2% de tetrahidrocanabinol (THC), a principal substância psicoativa da planta.
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".