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Solução de dois Estados, Israel e Palestina, "mais longe que nunca"

23 de julho de 2015 às 19:40
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Quem o diz é o enviado da ONU para o Médio Oriente, Nickolay Mladeno, que pediu às partes uma "acção decidida" para se alcançar a paz

O enviado da ONU para o Médio Oriente alertou hoje que a solução da coexistência de dois Estados, Israel e Palestina, está actualmente "mais longe que nunca" e pediu às partes uma "acção decidida" para alcançar a paz.

"O apoio à solução de dois Estados entre os palestinianos e os israelitas está a desvanecer-se", disse Nickolay Mladenov, perante o Conselho de Segurança, que hoje realiza um debate especial sobre a situação na região.

A via da coexistência pacífica de dois Estados, solução defendida pelas Nações Unidas para pôr fim ao conflito, está "a ser ameaçada", entre outras coisas, pela "construção de colonatos, incidentes de segurança, violência relacionada com a ocupação e falta de unidade palestiniana", enumerou o enviado especial.

A situação é, segundo Mladenov, ainda mais agravada pelo "auge do extremismo violento e do terrorismo na região", que coloca em perigo tanto as aspirações palestinianas de criação de um Estado quanto as de segurança de Israel.

"No actual clima de desconfiança, a comunidade internacional deve trabalhar com israelitas e palestinianos para criar no terreno as condições, regional e internacionalmente, para regressar às negociações num prazo de tempo razoável", defendeu.

De acordo com Mladenov, "é tempo de agir decididamente perante a crescente percepção de que a solução de dois Estados está a morrer lentamente".

O representante da ONU saudou as tentativas da comunidade internacional, lideradas pela Europa, para impulsionar uma nova iniciativa diplomática que possa desbloquear a situação com a ajuda dos países árabes.

Variações Presidenciais 

Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.