Autoridades previam o interesse de 550 mil casais. Registaram-se menos de 56 mil
Apenas 10% dos casais de Pequim se inscreveu para ter um segundo filho, desde que no ano passado a liderança chinesa decidiu aliviar a política de "um casal, um filho", imposta em 1980 e entretanto abolida.
"A maior parte dos casais não quer aumentar o seu agregado familiar", notou hoje o jornal oficial chinêsChina Daily, citando dados da Comissão Municipal de Saúde e Planeamento Familiar.
O número de casais que se inscreveram para ter um segundo filho em Pequim (cerca de 55.851) ficou muito aquém dos 550.000 previstos pelas autoridades.
Os números ilustram a mudança de mentalidades nas grandes metrópoles chinesas, onde muitos jovens rompem com a tradição, optando por casar tarde e ter apenas um filho, independentemente da flexibilização ditada pelo Governo.
A China, nação mais populosa do mundo com 1.370 milhões de habitantes, decidiu no mês passado abolir a política de "um casal, um filho", pondo fim a um rígido controlo da natalidade que durava há mais de 30 anos.
A medida, que deverá ser progressivamente implantada, significa um alargamento da flexibilização da política de filho único, iniciada em 2014 e que permitia aos casais em que ambos os cônjuges são filhos únicos terem uma segunda criança.
"A questão agora é saber quem é que tem tempo e dinheiro para criar duas crianças?", comentou na altura à agência Lusa um funcionário de um órgão estatal chinês.
A taxa de fertilidade no país, que na década de 1970 era 4,77 filhos por mulher, desceu em 2013 para 1,4, atingindo quase o nível de alerta de 1,3, considerado globalmente como "a armadilha da baixa fertilidade". Segundo dados oficiais, em 2050, um terço da população chinesa terá 60 ou mais anos e haverá menos trabalhadores para sustentar cada reformado.
Só 10% dos casais em Pequim se inscreveu para ter segundo filho
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.