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Miguel Xavier, diretor do Plano Nacional de Saúde Mental, afirma que Portugal tem uma dívida com os doentes de saúde mental.
O diretor do Plano Nacional de Saúde Mental defendeu hoje que esta área nunca foi considerada uma prioridade política em Portugal e que a saúde mental tem tido sempre um financiamento, no mínimo, três vezes inferior ao necessário.
Numa audição na Comissão Parlamentar de Saúde, a pedido do Bloco de Esquerda, Miguel Xavier disse que o investimento que tem sido feito na área da saúde mental tem sido sempre inferior à carga que a doença representa para a sociedade portuguesa.
"Isso separa o nosso país dos restantes países da União Europeia, em que existe proporcionalidade do que é a carga das doenças mentais e daquilo que os países que nelas investem", afirmou.
O responsável disse ainda que os problemas de saúde mental em Portugal não começaram com a covid-19, mas que a visibilidade que a covid trouxe a esta área, a possibilidade de financiamento através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a maior consciência da sociedade portuguesa em relação ao impacto que a patologia mental tem na vida das pessoas são uma oportunidade para dar um impulso nas respostas necessárias.
"Portugal tem uma dívida com os doentes de saúde mental que ainda não pagou e espero que a passe a pagar nos próximos três a quatro anos", afirmou.
Miguel Xavier reconheceu que pouco se concretizou nos últimos anos na área da saúde mental por falta de financiamento, sublinhando que a estratégia está desenhada e que, ao nível do financiamento, a única coisa que se concretizou foi a criação das equipas comunitárias.
Saúde mental tem tido financiamento três vezes inferior ao necessário
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Pergunto-me — não conhecendo eu o referido inquérito arquivado que visaria um juiz — como é que certas pessoas e associações aparentam possuir tanto conhecimento sobre o mesmo e demonstram tamanha convicção nas afirmações que proferem.
E se, apesar de, como se costuma dizer, nos ouvirem, monitorizarem movimentos, localização e comportamentos, esta aceleração forçada que nos faz andar depressa demais for, afinal, tão insustentável que acabe por (espero) ter efeito contrário?