O alemão Nico Rosberg deu este domingo um passo de gigante rumo ao título mundial de Fórmula 1, ao vencer, sem oposição, o Grande Prémio do Japão, em Suzuka, onde a Mercedes selou o anunciado "tri" de construtores.

 

Partindo da pole position, o germânico, de 31 anos, dominou a corrida de início ao fim, beneficiando também do arranque em falso do seu companheiro de equipa, o britânico Lewis Hamilton, que caiu de segundo para oitavo.

 

O bicampeão em título ainda recuperou até ao terceiro posto, mas muito longe de Rosberg, que também não teve grande oposição do holandês Max Verstappen (Red Bull), segundo, e selou sem problemas a 23.ª vitória da carreira, nona da temporada e quarta nas últimas cinco corridas.

 

Rosberg, vice-campeão atrás de Hamilton nas duas últimas temporadas, tem agora 33 pontos de vantagem (313 contra 280) sobre o britânico, bastando-lhe três segundos lugares e um terceiro nas últimas quatro corridas do campeonato.

 

"São 33 pontos, mas não estou focado nisso. Ainda falta muito para acabar o campeonato", afirmou o germânico, falando de um "fim-de-semana fantástico", com a conquista da "pole" e a vitória na prova nipónica.

 

Num Mundial que é, pela terceira vez consecutiva, um "monólogo" da Mercedes, que selou o "tri" - soma mais 208 pontos do que a Red Bull e 258 face à Ferrari -, a 17ª corrida da época ficou, praticamente, decidida logo na largada.

 

Hamilton, que partiu em segundo, atrás de Rosberg, tinha dito que era importante chegar à primeira curva na frente, mas falhou completamente o arranque e, em poucos metros, arruinou as suas ambições, ao cair para o oitavo posto.

 

"Desculpem, rapazes", disse de imediato o bicampeão, via rádio, para as boxes, consciente de que tinha comprometido a luta pelo triunfo: "Fiz o melhor que pude, tendo em conta a posição em que fiquei na corrida".

 

Com uma boa partida, e sem a oposição do britânico, o germânico fugiu na frente, perseguido à distância por Verstappen, e foi gerindo a vantagem, cedendo apenas o comando, de forma temporária, nas paragens nas boxes.

 

Hamilton, que foi o último dos da frente a parar, chegou a liderar numa dessas situações, tal como o alemão Sebastian Vettel (Ferrari), autor da volta mais rápida e quarto no final, à frente do companheiro de equipa, o finlandês Kimi Raikkonen.

 

Na prática, Rosberg, em busca do seu primeiro título mundial, esteve sempre no comando das operações, enquanto Hamilton, que procura o quarto cetro, ia recuperando posições, até à terceira, que atingiu já depois do meio da prova.

 

O britânico ainda "encostou" à traseira do Red Bull de Verstappen e, à entrada da última volta, tentou a ultrapassagem, mas não conseguiu, acabando por sair de pista, mas para uma escapatória, não perdendo o terceiro posto.

 

Rosberg venceu pela primeira vez em Suzuka em 1h26.43,333 , com Verstappen em segundo, a 4,978 segundos, e Hamilton a fechar o pódio, a 5,776, seguido pelos dois Ferrari, de Vettel, a 20,269, e Raikkonen, a 28,370.

Na classificação de pilotos, o alemão da Mercedes conta agora 313 pontos, contra 280 de Hamilton, 212 do australiano Daniel Ricciardo (Redd Bull), que foi sexto em Suzuka, 170 de Raikkonen e 165 de Verstappen e Vettel.

 

"Vou dar tudo o que tenho (até ao final da época) e veremos o que acontece. Hoje, o Nico (Rosberg) fez um grande trabalho e parabéns para ele", afirmou Hamilton, consciente que está difícil igualar os quatro cetros de Alain Prost e Vettel.

 

O Mundial de Fórmula 1 prossegue a 23 Outubro, em Austin, palco do Grande Prémio dos EUA. Seguem-se o México (30 de Outubro), o Brasil (13 de Novembro) e, a acabar, Abu Dhabi (27 de Novembro).

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