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Rio diz que situação em Odemira "envergonha" Portugal e questiona "o que fez o MAI"

Duas freguesias do concelho de Odemira (São Teotónio e Longueira/ Almograve) estão em cerca sanitária por causa da elevada incidência de covid-19 entre os imigrantes que trabalham na agricultura e que vivem em condições precárias.

O líder do PSD, Rui Rio, afirmou esta quarta-feira que Portugal "tem todas as razões para se envergonhar" da situação dos trabalhadores imigrantes de Odemira e questionou "o que fez o Ministério da Administração Interna".

"Acho que Portugal todas as razões para se envergonhar de semelhante situação, não temos ali escravidão como era há 200 anos atrás, mas temos quase escravidão e a minha pergunta é: o que é que fez o Ministério da Administração Interna através, por exemplo, da GNR?", questiona Rui Rio, num excerto transmitido no Telejornal da "Grande Entrevista", que será divulgada na íntegra a partir das 22:00 na RTP3.

O líder do PSD manifestou ainda estranheza pelas notícias que referem que a Polícia Judiciária está a investigar "há mais de dois anos" denúncias de imigração ilegal e tráfico de pessoas.

"Eu pergunto: a investigar o quê? A pessoa vai a Odemira e ao fim de pouco tempo olha e vê as pessoas ali, tem as denúncias. Ficam mal os empresários que fazem aquilo, mas fica particularmente mal o poder público, seja através do Ministério da Administração Interna, seja do Ministério do Trabalho ou do Ministério da Justiça", refere.

"Agora vão todos para lá a correr, aquilo é uma vergonha", acrescenta.

Duas freguesias do concelho de Odemira (São Teotónio e Longueira/ Almograve) estão em cerca sanitária por causa da elevada incidência de covid-19 entre os imigrantes que trabalham na agricultura e que vivem em condições precárias.

Na quinta-feira, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, sublinhou que "alguma população vive em situações de insalubridade habitacional inadmissível, com hipersobrelotação das habitações", relatando situações de "risco enorme para a saúde pública, para além de uma violação gritante dos direitos humanos".

A fragilidade do que é essencial: proteger a justiça

A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.

Jolly Jumper

Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.