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PSD satisfeito pela presença de partidos portugueses no congresso do MPLA

O vice-presidente do PSD Marco António Costa disse hoje em Luanda que os partidos portugueses, a maior representação estrangeira ao congresso do MPLA, procuraram deixar uma mensagem de fortalecimento institucional com o partido no poder em Angola

Marco António Costa falava à imprensa no final da cerimónia de encerramento do VII congresso do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no qual estiveram também representantes de PS, PCP e CDS-PP.

O dirigente social-democrata considerou importante a presença dos representantes de partidos políticos portugueses, salientando que as mensagens que procuraram deixar foram de fortalecimento das relações institucionais entre os partidos.

"Mas também uma palavra de confiança relativamente à relação entre as comunidades portuguesas cá em Angola, mas também a comunidade angolana em Portugal e com isso visar manter laços estreitos de cooperação e de boas relações entre o povo angolano e o povo português", referiu.

Sobre a polémica que se instalou em alguns partidos com algumas mensagens ao congresso, Marco António Costa disse que a concentração deve ser "naquilo que é importante e naquilo que é positivo".

"É uma mensagem que deixamos para muitos portugueses que estão cá a trabalhar e para muitos angolanos que estão a trabalhar em Portugal", disse.

"Nós temos que nos focar em matérias positivas e esta foi a preocupação que o PSD, na sua declaração e em todas as ações que realizou, foi procurar focar os pontos positivos e criar um ambiente de confiança para os portugueses que estão cá e para os angolanos que estão em Portugal e acima de tudo para os dois povos", sublinhou.

Na sua mensagem ao congresso, o PSD manifestou o desejo de continuar o caminho de aproximação institucional com o MPLA, partido no poder desde a independência de Angola, em 1975.

A polémica foi suscitada por declarações do deputado do CDS-PP Hélder Amaral, quando referiu à margem do congresso em Luanda que existe atualmente uma maior proximidade entre o seu partido e o MPLA, que têm agora "muitos mais pontos em comum", recebendo duras críticas de membros da sua formação política em Lisboa.

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